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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog

Como o agronegócio tenta se proteger na pandemia

Covid-19 chegou quando o país colhia uma supersafra, o risco foi contornado com protocolos, mas agora aumenta o surto nas regiões produtoras

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 jul 2020, 17h58 - Publicado em 24 jul 2020, 17h39

A pandemia atingiu fortemente diversos setores da economia brasileira, mas o agronegócio não foi um deles. Uma curva de crescimento que já acontecia há alguns meses se manteve positiva, mesmo em meio aos impactos do coronavírus em todo o país. Apesar disso, o grande teste para o setor acontece agora, quando o número de infectados vem subido muito exatamente no Centro-Oeste, principal área produtora do país.

Em conversa com a coluna, o Diretor de Estudos e Prospecções da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Luis Eduardo Pacifi Rangel, afirma que os protocolos adotados – e as rápidas ações tomadas assim que a pandemia começou  – foram essenciais para que o agronegócio continuasse crescendo apesar da crise vivida pelo país.

“A Covid-19 pegou a gente de lado, não pegou de frente. Estava com uma supersafra para sair, contratos funcionando, postos ativos, então naturalmente o agronegócio fluiu do jeito que tinha que fluir”, explica o diretor. Para Luis Rangel, a coordenação do Ministério da Agricultura com os Ministérios da Saúde e da Economia foi importante para identificar áreas mais sensíveis, com maior índice de aglomerações, e proteger a saúde dos trabalhadores.

“Os Ministérios da Economia e da Saúde nos chamaram para uma conversa para poder, juntos, estabelecer protocolos equilibrados, tratar as pessoas dentro de um ambiente que tem aglomeração, dentro da linha de produção, para não macular o processo sanitário”, afirma.

Além da articulação do governo, o diretor, ao contrário da própria gestão Bolsonaro, atribui aos governantes locais uma parte importante da responsabilidade sobre o não avanço da doença. Ele cita como exemplo a cidade de Rio Verde, em Goiás, onde, segundo ele, o prefeito agiu rapidamente para conter o aumento no número de casos dentro de um frigorífico da empresa BRF. Para Luis Rangel, a ágil interrupção do serviço não afetou a produção e conteve a expansão do vírus.

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“Você precisa ter um gestor local muito antenado e preocupado com o impacto que a atividade econômica tem lá dentro. O prefeito lá realmente fez um trabalho brilhante, teve uma interrupção, mas isso não chegou a incomodar o Ministério da Agricultura”, afirma.

Em relação ao trabalho interno do Ministério da Agricultura, Luis Rangel explica que a pasta tem uma equipe ativa atuando para monitorar a atividade no país e agir, caso aconteça alguma situação que impacte na produção.

“Temos o mapa diário da evolução da doença nos diferentes setores, criamos mapa em todos os municípios que têm frigoríficos e a gente sabe exatamente qual é a dimensão e produção desses frigoríficos e a evolução da doença. Sabemos, de uma semana para outra, se houve uma explosão da doença”, destaca.

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Embora acredite que a situação para a agropecuária está sob controle, o diretor afirma que todo o ministério continua vigilante. “Não vou dizer que está tudo superado, não sei o que vai acontecer daqui para frente. Pode ser que essa explosão aconteça com mais intensidade em determinados setores. Nós estamos alertas, mas basicamente o modelo de contingência que a gente elaborou se mostrou eficiente, acabou dando certo”, conclui Luis Rangel.

Segundo dados do Ministério da Agricultura, baseados em estatística do IBGE, a agropecuária foi o único setor da economia que apresentou crescimento no primeiro trimestre de 2020 em comparação com o quarto trimestre de 2019. Mesmo em meio à pandemia, iniciada em março, o segmento cresceu 0,6% no primeiro trimestre.

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