Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

Como Bolsonaro fez de Roberto Jefferson seu discípulo 

Presidente faz seguidores fiéis ensinando a tática de 2018: personalizar para desacreditar

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 ago 2021, 12h22

Jair Bolsonaro está fazendo escola. Desde a sua campanha, em 2018, é comum ver o presidente personalizando situações para atingir a credibilidade daqueles que vão contra o que ele acredita.

Quando fala da imprensa, por exemplo, sempre faz questão de citar nomes e traz as críticas para o lado pessoal, como se fosse uma disputa ideológica. Essa mesma tática tem sido passada aos seguidores bolsonaristas e tem se tornado a narrativa de todos que apoiam o presidente.

Roberto Jefferson, o mais novo convertido da extrema direita, está aprendendo bem a lição. O áudio do presidente do PTB logo depois de ser preso mostra que ele também levou a questão para o lado pessoal para tentar minar a credibilidade o ministro Alexandre de Moraes, responsável por autorizar sua prisão na semana passada.

Ao chamar o ministro de “maridão de dona Vivi, o cachorro do Supremo, o Xandão”, Roberto Jefferson personaliza o ataque. Em outro momento do áudio, o político diz: “eu sei que você é metido a valente. A nossa conta é pessoal. Daqui pra frente, é pessoal. Não tem saída”. Com as palavras, Roberto Jefferson entra na escola de Bolsonaro: em vez de admitir que a ordem faz parte do processo e de investigações sérias, o político tenta tornar a briga pessoal e ameaçar reação com insinuações de violência.

Continua após a publicidade

Do lado de Bolsonaro, a lista de ataques aos críticos é extensa, principalmente quando se trata da imprensa. No início deste ano, por exemplo, chamou William Bonner de “sem vergonha”. Em junho, durante transmissão ao vivo, atacou veículos de comunicação. “Dispenso Folha, Globo, Estado de S. Paulo, essas porcarias todas, dispenso. Não quero falar com vocês, não me interessa falar com vocês. Perdi a paciência realmente”, esbravejou.

Também em junho, ao ser questionado sobre a pandemia, o presidente ofendeu um jornalista. “Você tinha que ter vergonha na cara de se prestar a um serviço porco que é esse que você faz”, disse.

O que Bolsonaro está ensinando é preocupante. Enquanto se recusa a admitir seus erros, revida os ataques como se fosse o dono da razão. Seus seguidores estão aprendendo a técnica e repetindo a atitude irresponsável. Para eles, tudo é perseguição pessoal. Tudo é uma grande conspiração contra o governo atual.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.