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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog

Além da Covid-19, indígenas lidam com caçadores e plantio de drogas no MA

Terra Caru, que abriga as etnias Guajajara, Awá Guajá e um grupo de isolados, sofre com criminosos na pandemia. “É uma grande ameaça”, diz cacique

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 jun 2020, 16h52 • Atualizado em 30 jun 2020, 17h04
  • A Terra Indígena (TI) Caru, localizada no Maranhão, tem sofrido com a pandemia do coronavírus e com outros problemas que ameaçam os povos originários da região. Indígenas entraram em contato com a coluna e denunciaram a presença de caçadores e de plantações de drogas na Terra Indígena, enquanto as aldeias tentam enfrentar a disseminação da Covid-19.

    A TI Caru abriga as etnias Guajajara e Awá Guajá, possui índios isolados e tem cerca de 400 habitantes. Fotos enviadas à coluna mostram a apreensão de armas feita por servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da polícia ambiental em operação recente na região. Além disso, os indígenas revelam que alguns locais já estão demarcados e preparados para plantações de drogas.

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    Área preparada por criminosos para plantio de maconha na TI Caru (Guajajara/Divulgação)

    “Isso aí foi o que a gente se deparou: muito caçador, local de plantio de droga. Esses locais já preparados para plantar maconha. E as imagens mostram todas as ameaças à Terra Indígena Caru no período em que enfrentamos essa doença. É uma grande ameaça para a etnia Guajajara, mas principalmente para a Awá Guajá”, afirmou o cacique Antonio Wilson Guajajara.

    O cacique afirma que a Covid-19 é mais perigosa para os Awá Guajá porque a etnia é considerada de recente contato, enquanto os Guajajaras já foram contatados há mais tempo. A TI Caru é uma das poucas áreas que preservaram o bioma da Amazônia no Maranhão.

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    A fragilidade do sistema de saúde destinado aos indígenas, somada à vulnerabilidade do sistema imunológico dessa população, traz à tona novamente o medo de que algumas etnias simplesmente deixem de existir. A TI Caru ainda abriga os isolados dos Igarapés Presídio e Juruti, que têm pouco ou nenhum anticorpo para enfrentar as doenças que atingem a sociedade majoritária brasileira.

    Segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), a taxa de letalidade da Covid-19 entre os indígenas é de 6,8%, enquanto a média brasileira oficial é de 5%.

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    Procurada pela coluna, a Funai confirmou a operação na Terra Indígena Caru, no Maranhão. Segundo o órgão, que comandou a investigação, os “ilícitos foram constatados por meio das ações de barreiras sanitárias e vigilância territorial que vêm sendo realizadas pelo órgão a fim de monitorar as Terras Indígenas e impedir a entrada de não indígenas nas aldeias da região”.

    “Por meio da Coordenação Regional do Maranhão, a Funai realizou, durante o período de 09 a 28/06, barreiras sanitárias em conjunto com o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) em quatro Terras Indígenas: Caru, Araribóia, Rio Pindaré e Krikati”.

    De acordo com a Funai, os trabalhos tiveram “os objetivos de reforçar a fiscalização e a vigilância nos acessos aos territórios indígenas, bem como orientar as pessoas que moram ou trafegam no entorno dessas áreas sobre as normas de saúde vigentes e o uso de itens de proteção como máscara e álcool, além da importância de não se aproximarem das comunidades indígenas”. 

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    Durante os trabalhos na Terra Indígena Caru, informa a Fundação Nacional do índio, foram realizadas barreiras sanitárias terrestres e fluviais, além de monitoramento por drone. 

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