Relâmpago: Assine Digital Completo por 1,99
Imagem Blog

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog

A razão da demora na nomeação do novo ministro da Saúde

Governo quer deixar os índices da pandemia melhorarem um pouco para evitar que Queiroga seja carimbado como o responsável pelos piores números

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 mar 2021, 11h25 - Publicado em 19 mar 2021, 11h22

O cardiologista Marcelo Queiroga, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para ser o novo ministro da Saúde, ainda não assumiu  o cargo oficialmente. Mesmo já participando de solenidades e dando entrevistas como futuro chefe da pasta, ele não havia sido nomeado até as 11 horas desta sexta, 19. O motivo? O governo quer deixar passar o momento mais grave da pandemia em números de contágios e mortes. O objetivo é que ele tome posse assim que o gráfico de contaminação e de óbitos comece a cair, segundo apurou a coluna.

A ideia do governo é evitar que o cardiologista fique marcado como aquele que estava sentado na cadeira de ministro da Saúde quando o Brasil obteve o recorde de mortes. Nos últimos dias o país tem registrado o ápice de vítimas fatais de Covid-19 em períodos de 24 horas, somando um total de 284.775 pessoas falecidas e 11,7 milhões de infectados.

Apesar desses trágicos dados, o governo insiste em ir contra todas as avaliações de especialistas sobre medidas de combate à pandemia, e acredita que o país enfrenta agora o auge da segunda onda, mas que em breve os casos começarão a ceder.

O desejo de Bolsonaro é que Queiroga seja o responsável por ter diminuído os índices de Covid-19 no Brasil, mostrando que o presidente “acertou” na escolha do “salvador da pátria”.

Na avaliação do Planalto, o atual ministro, general Eduardo Pazuello, já está com a imagem marcada negativamente pela conduta de “amém a Bolsonaro”, que insiste no negacionismo e em minimizar a Covid-19. Por isso, a avaliação é a de que seria melhor deixar esses recordes negativos na conta dele, e não na do novo chefe da pasta.

Continua após a publicidade

O problema é que, para alguns especialistas, os índices só vão piorar. O ministério tem acesso a esses modelos epidemiológicos. Um crescimento exponencial só é interrompido se houver intervenção muito forte. A única saída disponível é o lockdown. A outra é inviável neste momento: vacinar 3 milhões por dia. Por isso, podem desistir da estratégia a qualquer momento.

Além disso, o risco dessa estratégia do Planalto é uma eventual reação do Exército, já que a imagem negativa de Pazuello acabou respingando na Força Armada. O temor interno é o de que o Exército passe a boicotar o governo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ECONOMIZE ATÉ 88% OFF

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.