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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Salles conseguiu o que queria: seus inquéritos andam cada vez mais devagar

Ministro do Meio Ambiente pediu demissão em junho para tirar apurações sobre ele do STF; perda de foro criou confusão sobre qual instância deve investigá-lo

Por Redação 5 dez 2021, 09h46

Desde que o ex-ministro Ricardo Salles deixou a pasta do Meio Ambiente, em junho, o inquérito que investiga se ele ajudou madeireiras suspeitas de crimes ambientais perdeu velocidade na Polícia Federal. Salles já havia sido alvo de operações de busca e apreensão da PF em maio, quando a Operação Akuanduba estava a pleno vapor, mas sua saída do governo teve exatamente o efeito esperado por sua defesa: uma vez que o ministro perdeu o foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF), o inquérito foi enviado a outra unidade da PF e teve início uma discussão jurídica para definir qual foro deveria concentrar as investigações.

Em julho, cerca de um mês após a exoneração, o ministro do STF Alexandre de Moraes enviou os processos da Akuanduba para a Subseção Judiciária de Altamira, no Pará. Nessa época, o delegado que havia comandado a operação contra Salles, Franco Perazzoni, já havia perdido seu cargo no comando da Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros da PF. Desde então, a responsabilidade pelas investigação passou pelo Distrio Federal, onde Perazzoni está lotado, e depois foi enviada à Superintendência no Pará. Não houve mais nenhuma operação e ninguém foi indiciado até o momento.

Salles também foi alvo de uma notícia-crime que apontava indícios de interferência em outra operação, a Handroanthus. Apresentado pelo delegado Alexandre Saraiva ao STF, esse procedimento apontava que o então ministro teria tentado atrapalhar o trabalho da PF, que havia feito a maior apreensão de madeira ilegal na sua história. Salles havia embarcado em um helicóptero do Ibama e visitado os locais onde a madeira estava apreendida. Ele gravou vídeos em que dava a entender que o origem do produto era legal, apesar dos indícios de fraude nos documentos florestais que a PF havia encontrado.

Logo após sua exoneração, uma decisão da ministra do STF Cármen Lúcia enviou o inquérito desse caso para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). O tribunal avaliava se o caso deveria seguir para a Justiça Federal no Amazonas ou no Pará. Desde então, esse inquérito também continua parado.

Fora do ministério, Salles já se movimenta para as eleições de 2022. Como mostrou o Radar, ele deve ser candidato a deputado federal em São Paulo.

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