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Por José Benedito da Silva
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Proposta do PSD é mais ‘séria’ e ‘confiável’ que a do PSL, diz Datena

De mudança para o novo partido, apresentador critica o presidente pesselista em São Paulo, deputado Júnior Bozzella: ‘entende política como barganha’

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 nov 2021, 10h42 - Publicado em 3 nov 2021, 10h20

De saída do PSL rumo ao PSD, onde disputará o Senado por São Paulo, o apresentador José Luiz Datena diz ver no projeto do partido capitaneado pelo ex-ministro Gilberto Kassab algo mais “sério” e “confiável” do que os rumos indicados para ele dentro do União Brasil, sigla que nascerá da fusão dos pesselistas com o DEM. Datena havia sido lançado candidato à presidência da República pelo presidente do PSL, Luciano Bivar, e vinha falando como tal, mas não escondia o incômodo que a fusão lhe causava, seja porque ele não havia sido devidamente informado a respeito dela, seja porque o processo incluiu outros nomes no horizonte do partido para concorrer ou apoiar na corrida pelo Palácio do Planalto.

“Parti a um partido que me oferece uma coisa séria e, além de séria, confiável, simplesmente isso. Espero que o União Brasil tenha sorte, mas não me interessa nem tempo de televisão nem o dinheiro que eles têm. Prefiro um partido em que as pessoas estejam empenhadas em pensar no povo e não mais em si”, disse Datena a VEJA nesta quarta-feira, 3. Antes mesmo da entrada do apresentador no PSL, em julho, Kassab já havia convidado Datena a se filiar ao seu partido.

A ida do apresentador ao PSD faz parte dos planos do cacique pessedista de um palanque eleitoralmente forte em São Paulo, que inclua o ex-governador Geraldo Alckmin, hoje no PSDB, como candidato ao Palácio dos Bandeirantes, possivelmente com o ex-governador Márcio França (PSB) na vice. O partido acaba de filiar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), com vistas a lançá-lo à corrida presidencial. Com as articulações paulistas, que ainda dependem de uma decisão de Alckmin, Pacheco ganharia tração no maior colégio eleitoral do país. “Depende do Alckmin, mas já conversei com Alckmin e França, Alckmin tem intenção em ir ao PSD com apoio do França, pelo menos foi o que me disseram um tempo atrás”, relata Datena.

Enquanto ele e Pacheco ainda eram nomes presidenciáveis pelo União Brasil, o apresentador dizia que toparia disputar prévias contra o senador e o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, por avaliar que tinha mais chances na corrida pelo Planalto. Agora correligionário de Pachaco, Datena afirma que “ninguém chega à Presidência do Senado com essa idade se não tem qualidades”. “Se há qualidades para levá-lo Presidência da república agora, depende dele e do partido analisarem. Se o Kassab, que é um ótimo articulador político, acha que ele tem, provavelmente ele tem”, diz.

Diante de declarações do deputado Júnior Bozzella, presidente do PSL de São Paulo, à Folha de S. Paulo, de que a migração do apresentador ao PSD seria fruto de “afobação” de quem “ainda não compreende o ambiente político”, Datena reage e critica Bozzella. “Não costumo citar político que não tem muita importância, mas a diferença entre gente como eu e Bozzella é que ele entende política como barganha, eu entendo política como dever público. O sujeito que ajuda a eleger o Bolsonaro e depois chama o Bolsonaro de bandido não tem muito compromisso com a realidade do país”.

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O apresentador do Brasil Urgente afirma não ter achado “justo” o modo como foi informado a respeito da fusão entre PSL e DEM – “ela foi vendida a mim como prato pronto, nem perguntaram o que eu achava”. “O que resultou dessa fusão foi uma mudança completa no cenário que me foi oferecido quando entrei no PSL, que eu seria candidato a presidente e deveria falar como tal. Depois, quase que nem a vaga ao Senado estava sobrando para mim dentro do partido”, diz Datena.

Ele também diz ter ficado incomodado com os acenos de integrantes do PSL e do DEM ao ex-ministro Sergio Moro, que se filiará ao Podemos e deve entrar na disputa pelo Planalto. “Não adianta nada ficar olhando ao jardim vizinho. Você tem seus candidatos e começa a flertar com Moro, com candidatos de outros partidos, começa a dizer que o Moro seria um ótimo presidente, como fez Bozzella, Mandetta dizendo que o apoiaria, eles que sigam o caminho deles, eu sigo o meu”.

Mesmo após a entrada no PSD, cujo projeto nacional está personificado em Rodrigo Pacheco, Datena mantém os elogios ao ex-ministro Ciro Gomes, presidenciável do PDT, com quem vinha conversando regularmente. O apresentador não descarta uma composição em que possa “ajudar” o pedetista politicamente. “Não impede eu estar no PSD e continuar achando o Ciro um grande cara, e até talvez ajudá-lo se for preciso politicamente. Minha admiração pessoal pelo Ciro é grande, se houver necessidade de uma ajuda minha, ele terá”.

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