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PM do RJ decide que Queiroz está ‘apto’ a voltar a andar armado

Documento mostra que junta médica concluiu na última terça-feira inspeção do PM reformado, ex-assessor de Flávio Bolsonaro

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2021, 13h16 - Publicado em 13 Maio 2021, 11h56

Denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (Republicanos-RJ) no esquema das rachadinhas do gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Assembleia Legislativa fluminense, enquanto o Zero Um era deputado estadual, o policial militar reformado Fabrício José Carlos de Queiroz pode voltar a andar armado muito em breve.

Uma inspeção feita na última terça-feira, 11, por uma junta médica da Polícia Militar do Rio de Janeiro decidiu que Queiroz, subtenente da reserva da PM, está “apto ao porte de arma”, conforme mostra documento a que VEJA teve acesso (veja abaixo, clique para ampliar), enviado ontem para publicação no boletim da polícia pelo responsável pela Diretoria Médico Pericial (DMP) da PM, tenente coronel Cláudio Duarte Pasqualette Martins.

Em 3 de maio, o ex-assessor de Flávio havia sido apresentado para “inspeção de saúde, para fins de aquisição de arma de fogo” por meio de um despacho do tenente coronel Joel de Oliveira Suhett Filho, diretor Interino de Veteranos e Pensionistas da corporação. O pedido de Queiroz para adquirir uma arma foi noticiado pela CNN na última semana.

Documento Cortado
(./Reprodução)

O PM reformado, que chegou a ser preso preventivamente no âmbito da apuração das rachadinhas, é investigado pelo MP do Rio pela morte do técnico em refrigeração Anderson Rosa de Souza, de 29 anos, durante uma incursão policial na Cidade de Deus, na noite de 15 de maio de 2003.

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À época, Fabrício Queiroz era lotado no 18º Batalhão, em Jacarepaguá, na Zona Oeste carioca. Na incursão que terminou com a morte de Souza, Queiroz estava acompanhado pelo ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, miliciano morto pela polícia na Bahia em janeiro de 2020. Ambos registraram o caso na delegacia como “auto de resistência”, ou seja, quando o policial atira e mata para se defender. Como mostrou VEJA em março, um laudo da investigação levanta a suspeita de execução do morador da Cidade de Deus, que não tinha antecedentes criminais e era pai de dois filhos.

Ao decretar a prisão de Fabrício Queiroz na Operação Anjo, em junho de 2020, por risco de obstrução às apurações sobre as rachadinhas, o juiz Flávio Itabaiana considerou o que viu como “alta periculosidade” do ex-PM e citou suposta “influência sobre milicianos do Estado do Rio de Janeiro”, apontada pelo Ministério Público fluminense. Em agosto, Queiroz acabou sendo solto por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) e enviado à prisão domiciliar, que foi revogada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em março.

Fabrício Queiroz falou brevemente a VEJA na última segunda-feira, 10, quando procurado para comentar o parecer do procurador-geral da República, Augusto Aras, de não abrir investigação contra o presidente Jair Bolsonaro pelo caso dos cheques depositados por Queiroz na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

O PM reformado, que não tem falado com jornalistas desde que deixou a prisão, respondeu primeiramente que não comentaria, mas depois criticou a cobertura da imprensa ao episódio e deu aval à explicação de Bolsonaro para a origem dos depósitos. “O presidente já falou o que era. Quando respondeu a primeira vez, ele falou o que foi. É que vocês estão de sacanagem e não falam. Ele falou ‘era isso e teve outras vezes’, acabou”, disse.

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