Em São Paulo, dos 12 deputados tucanos, 11 votaram contra Temer
Partido tem quatro ministros no governo, inclusive o paulista Aloysio Nunes (Relações Exteriores); comportamento do PSDB foi praticamente igual ao do PT
São Paulo, estado onde o presidente Michel Temer (PMDB) fez a sua carreira política, não esteve com ele na sua hora mais difícil, a votação da denúncia feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot: dos 70 deputados, 39 votaram pelo envio da acusação ao Supremo Tribunal Federal e um, Alexandre Leite (DEM), se absteve.
A grande surpresa foi o PSDB, que votou em massa contra o presidente – dos 12 parlamentares no estado, 11 votaram pelo prosseguimento da denúncia e apenas uma, Bruna Furlan, pela rejeição da denúncia. Entre os tucanos, votaram contra o presidente nomes importantes do partido, como o secretário-geral, Silvio Torres, e o líder da legenda na Câmara, Ricardo Trípoli. A bancada é bastante influenciada pelo governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do partido à Presidência da República.
No restante do país, o posicionamento do partido foi mais dividido. O PSDB tem quatro ministros no governo Temer, entre eles um de São Paulo, Aloysio Nunes (Relações Exteriores). Os outros são Bruno Araújo (Cidades), de Pernambuco; Luislinda Valois (Direitos Humanos), da Bahia; e Antonio Imbassahy (Governo), também da Bahia.
Em São Paulo, a rejeição dos tucanos foi semelhante à do PT – os dez deputados petistas votaram pelo prosseguimento da denúncia.
Entre os partidos mais fiéis a Temer em São Paulo estão o PRB (cinco de seis votos), DEM (quatro de cinco), PP (quatro dos quatro) e PR (quatro de seis).