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Como Jundiaí se tornou a cidade-modelo do Brasil para o saneamento

Município paulista é o número um do Brasil no tratamento de água e esgoto há anos graças ao pensamento de longo prazo na administração

Por Caíque Alencar 22 out 2021, 14h55

Referência nacional há anos pelos bons índices de saneamento, a cidade de Jundiaí, no interior do estado de São Paulo, se tornou destaque de um levantamento realizado pelo Instituto Trata Brasil que comparou os percentuais de tratamento de esgoto e abastecimento da população com água tratada de todas as cidades brasileiras. Localizado a cerca de 55 quilômetros da capital paulista e com população estimada em 426.935 habitantes segundo o IBGE, o município ficou em primeiro lugar no ranking do instituto. E o bom desempenho não foi por acaso. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) usados no estudo, Jundiaí trata 100% do volume do esgoto gerado, abastece 99,07% da população com água e coleta 98% do esgoto do total de habitantes.

Em um país marcado por profundas desigualdades como o Brasil, os percentuais alcançados por Jundiaí são um ponto completamente fora da curva. Na Região Norte, por exemplo, somente 12% da população possui coleta de esgotos, sendo o local do país com o pior percentual. A região é seguida pelo Nordeste, com 28% da população atendida com a coleta de esgoto, Sul (46,3%), Centro-Oeste (57,7%) e Sudeste (79,2%). A situação é semelhante quando é feita a comparação do percentual da população de Jundiaí com acesso a água tratada em relação ao estado e a região onde está localizada – veja detalhes no gráfico a seguir.

O destaque do município paulista, no entanto, não foi fruto de esforço que veio da noite para o dia. Desde a década de 1980, as administrações de Jundiaí colocaram em prática um planejamento e investimentos que foram levados a cabo como política de Estado – assim como deveria ser com o restante do país. Segundo o prefeito Luiz Fernando Machado (PSDB), medidas como o combate a ligações clandestinas, trocas de hidrômetros que permitiam vazamentos, combate à inadimplência no pagamento de contas de água para dar saúde financeira ao município e a remoção da população em ocupação irregular nos entornos das represas foram fundamentais para esse sucesso. “Um dos resultados que nós tivemos com tudo isso foi a classificação do rio Jundiaí como classe 3 em 2017, o que permite que a água dele seja tratada para o consumo da população”, diz Machado, que foi eleito em 2016 e reeleito em 2020. O curso d’água do rio tem 30 quilômetros de sua extensão no município que dá nome a ele.

O prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado (PSDB)
O prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado (PSDB) (Vera Gonçalves/Prefeitura de Jundiaí/Divulgação)

Machado destaca ainda a parceria com a iniciativa privada para a prestação de serviços de esgoto, que começou em Jundiaí em 1996. “Foi um ativo muito grande que a gestão pública sempre teve para atrair investimentos”, afirma o prefeito. O desafio agora é atingir 100% da população atendida com água tratada e esgoto encanado, meta que o prefeito pretende cumprir até o fim de 2024. “Essa parte da população que falta fica localizada na região rural de Jundiaí, onde o adensamento populacional é menor e o investimento para expandir o serviço fica mais alto. O investimento que precisamos para atingir a totalidade vai de 100 a 120 milhões de reais”, completa.

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