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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Comitivas de Marcos Pontes em viagens ao exterior custaram R$ 1,3 milhão

Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, que perdeu 90% do orçamento, é quem mais viaja no governo e já gastou R$ 503 mil com suas diárias e passagens

Por Bruno Ribeiro 19 out 2021, 13h04

Campeão em viagens ao exterior na equipe ministerial de Jair Bolsonaro, Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações) levou em suas 20 missões internacionais um total de 67 auxiliares, que também tiveram passagens e diárias pagas com recursos públicos. Nestes três anos de mandato, o custo com essas comitivas já chega a 1,3 milhão de reais.

O dado, obtido a partir de levantamento feito no Portal Brasileiro de Dados Abertos, do governo federal, mostra o total de membros das comitivas, não o total de pessoas — de modo que uma mesma auxiliar pode ter integrado duas comitivas ou mais. O levantamento exclui as pessoas que acompanharam o ministro quando Pontes é que era o acompanhante, como integrante de comitivas presidenciais.

Pontes planejava levar 18 pessoas consigo para Glasgrow, na Escócia, para a COP-26 (a conferência do clima das Nações Unidas), mas o Palácio do Planalto determinou que esse número de acompanhantes fosse reduzido em 80%, como informou a coluna Radar.

Reportagem de VEJA desta semana mostra que o governo federal já gastou, apenas com o ministro, um total de 503 mil reais em passagens e diárias nas viagens a outros países. Nesta semana, ele está nos Emirados Árabes Unidos, país que já visitou três vezes como ministro.

As viagens ocorrem em meio a uma retirada de recursos da pasta que comanda, que ao longo dos últimos três anos viu seu orçamento ser reduzido de 13 bilhões de reais para 8 bilhões de reais por ano. No começo deste mês, a pedido do Ministério da Economia, o Congresso autorizou a retirada de 690 milhões do orçamento atual da pastas, comprometendo 90% da verba disponível. O ministro chegou a ameaçar se demitir, mas optou por continuar no cargo.

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