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A “penitência” de Magno Malta para voltar às boas com Bolsonaro

Ex-senador gravou vídeo falando sobre sua missão passada de aproximar as igrejas do petismo: "Eu dessatanizei o Lula"

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 jul 2021, 16h59

Amigo fiel do presidente Jair Bolsonaro, o ex-senador Magno Malta – pastor pentecostal e cantor gospel -, foi uma das peças chaves das campanhas dos ex-presidentes Lula e Dilma, abrindo a porta das igrejas aos petistas e fazendo a ponte com as lideranças religiosas.  Naquela época, como deputado e senador, ele era o encarregado de conversar com os pastores e convencê-los de que Lula e Dilma não representavam “o mal” – ou, conforme as suas palavras, de “dessatanizá-los” junto ao público religioso. Agora, rompido com a esquerda, Malta se prepara a voltar à cena política após ter perdido a eleição de 2018 e ter quase virado vice de Bolsonaro. Para isso, ele resolveu passar a limpo o seu passado e destacar que agora está “tudo depurado” e “esquerda é esquerda e conservador é conservador”.

“Não é só foto com Lula, não. Eu dessatanizei o Lula. E eu peço desculpas ao Brasil. Eu viajei esse Brasil de ponta a ponta, de Tarso Genro (ex-governador petista do RS) a Marcelo Deda (ex-governador de Sergipe), porque eu acreditava no discurso que era para combater a miséria e a corrupção. E depois descobrimos que era a pauta do foro de São Paulo. Fomos usados”, diz Malta, em vídeo divulgado aos seus seguidores, que também foi compartilhado por outros pastores evangélicos.

Na gravação, o ex-senador do Espírito Santo também cita os exemplos do deputado Marco Feliciano (Rep-SP) e do pastor Silas Malafaia, que chegaram a apoiar a esquerda no passado e hoje se tornaram dois conselheiros assíduos do presidente.

Após atuar pelas campanhas petistas de 2002, 2006, 2010 e 2014, Malta trabalhou em prol de Bolsonaro na eleição de 2018 e deve voltar a fazer o mesmo em 2022. Ele era um dos grandes cotados a ter um minsitério na Esplanada, mas foi preterido pela sua ex-assessora, Damares Regina Alves, que assumiu a pasta das Mulheres, Família e dos Direitos Humanos. Na época, ele estava tendo problemas no casamento com a deputada Lauriete (PR-ES), também cantora gospel, de quem acabou se divorciando. Entre o segmento evangélico, o que se comentou é que não pegaria bem ele assumir a pasta da Família.

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Num primeiro momento, Malta e Bolsonaro chegaram a se distanciar, mas depois se reaproximaram. Neste mês, os dois gravaram um vídeo juntos no qual Bolsonaro dizia que ele era uma pessoa que fazia falta no Senado. “Você tinha que estar na CPI, não para me defender, mas para falar a verdade para quem está lá”, disse Bolsonaro.

Com a ascensão neopentecostal no país, a esquerda tem tentado nos últimos meses se aproximar do segmento de olho em 2022. As maiores lideranças, no entanto, estão fechadas hoje com Bolsonaro, que escolheu um pastor advogado (André Mendonça) para ser ministro do STF e mantém dois pastores no primeiro escalão da Esplanada (Damares Alves e Milton Ribeiro).  “Agora é óleo e água. O Lula não me ajudou em nada. (…) E o que que a Dilma fez por mim?”, criticou Malta, que conclui: “Eu viajei o Brasil ‘dessatanizando’ o Lula, me penitencio por isso. Mas eu sou um homem que defende aquilo no que acredito”.

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