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Saiba quando usar a shantala para acalmar o bebê

É recomendável evitar a prática da massagem quando a criança está cansada, com sono, doente ou com fome

Por Fabiana Futema Atualizado em 4 jun 2024, 17h31 - Publicado em 7 dez 2017, 09h10

A shantala é uma técnica de massagem ayurvédica que pode ser aplicada em bebês a partir de um mês de vida. Entre os benefícios da prática está o estreitamento do vínculo entre pais e recém-nascidos. Acredita-se também que a massagem consiga acalmar e aliviar desconfortos do bebê.

Nenês que recebem shantala tendem a dormir melhor, pois aprendem a controlar melhor a respiração. “O mundo fora do útero é muito estranho ao bebê. Com a shantala, o bebê se percebe como indivíduo separado da mãe, diferencia o dia da noite, controla a respiração. Isso faz com o sono fique mais regulado”, afirma Fabrisia Freitas, professora de shantala.

Segundo ela, a técnica estudada pelo médico francês Frédérick Leboye chegou ao Brasil na década de 70. “Ele observou que o principal objetivo da massagem é estreitar vínculo entre mãe e bebê. É uma ferramenta pra lidar com continuidade da gestação, com a necessidade do bebê de ser tocado, acarinhado. Essa massagem ajuda o maturar órgãos e glândulas do bebê, além de trazer alívio e conforto.”

A partir dos seis meses é possível que os pais tenham mais dificuldade de aplicar a shantala, pois os bebês começam a se movimentar e não querem ficar quietinhos em um único lugar. Fabrísia diz que isso não é motivo para abandonar a shantala. Pais que começaram a massagem muito cedo acabam identificando quais os pontos que mais trazem conforto para a criança. “Quando chegar nesta fase, os pais podem massagear apenas aquele pontinho do bebê que lhe dá mais acalento.”

Com o tempo, segundo ela, a prática pode ser retomada. “A criança consegue parar um pouquinho para receber aquela massagem.”

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Para que a shantala traga benefícios é necessário saber quando praticá-la. O ideal é que a massagem seja associada a períodos do dia em que a criança está feliz. É recomendável evitar a prática quando a criança está cansada, com sono, doente ou com fome.

“A massagem nunca deve ser feita quando a criança está indisposta, pois ela pode associar com algo que não é legal. Ela deve ser aplicada no melhor momento do bebê”, diz Fabrísia.

Para começar a shantala, os pais não precisam comprar nenhum acessório caríssimo. Fabrísia recomenda apenas que usem óleo vegetal e uma toalha de pano. “A shantala é praticada com a criança no colo, mas existem mães que gostam de apoiá-la em alguma superfície.”

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Fabrísia ministrará um curso de shantala neste sábado na Casa Moara, em São Paulo. O curso será encerrado com um banho de balde nos bebês. O curso custa R$ 150 para mães e bebês – se quiser levar o pai, sai por R$ 180.

A professora é defensora da participação das mães em rodas de conversas. É um momento para troca de informação. “As mulheres ficam muito fortes e ao mesmo tempo muito frágeis depois do parto. A troca de informação ajuda a fortalecê-las.”

No dia 21, ela participa de uma roda de conversa sobre o sono do bebê na praça das Corujas, zona oeste de São Paulo. A contribuição é de R$ 40.

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