Mas que maré de azar a do senador Aécio Neves.
Anteontem, virou réu no Supremo por causa das gravações de Joesley Batista.
No processo, levou junto a irmã, Andrea, e o primo Frederico, aquele do “tem que ser um (pra pegar a grana) que a gente mata ele antes dele fazer delação”.
No dia 12 de abril do ano passado, o primão foi filmado pondo maços de dinheiro no bolso na sede da JBS porque a mala que ele levou era pequena pra acolher os R$ 500 mil recebidos – segunda parcela de um total (parcial) de R$ 1 milhão pagos num espaço de uma semana.
Pois ontem, segundo O Globo, Joesley deu mais detalhes das propinas que ele diz ter pago a Aécio. Em novo depoimento à Polícia Federal, o dono da JBS mencionou não 1 ou 2 milhões, mas mais de R$ 100.
Cruzando-se as informações do Globo com as da manchete da Folha de S.Paulo de hoje, que cita a rádio mineira Árco-Íris, de propriedade dos Neves, como uma das empresas que emitiu notas fiscais frias para a JBS, chega-se a quê?
Exato: a mais uma Land Rover da propina.
Há sete anos, Aécio foi parado por blitz da lei seca no Leblon. Recusou-se a fazer teste de bafômetro.
CNH vencida e apreendida.
Qual carro ele dirigia?
Uma Land Rover que estava justamente em nome da rádio Arco-Íris, da qual ele esclarece ter deixado de ser sócio em 2016.
Vendeu as cotas para a irmã Andrea.
Quem não se lembra do Silvinho Land Rover, o secretário do PT acusado no mensalão?
Ficou famoso por ter recebido o carrão importado de um empreiteiro.
Acabou escapando de julgamento depois de fazer acordo e prometer prestar serviços comunitários.
Em 2016, voltou a ser preso por alguns dias em mais uma fase da Lava Jato.
Hoje é réu de Sérgio Moro.
Impressionante o encanto da marca inglesa de luxo junto a alguns dos nossos políticos tão proeminentes e tão denunciados.
Aqui, alguns dos links sobre Aécio e Silvinho a que me refiro.
Num deles, há um curioso histórico sobre as Land Rovers nas investigações de corrupçã do mensalão pra cá.