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Fernando também é ponto fora da curva, governador?

Duas pessoas mortas por engano ontem de manhã no Rio. Uma foi manchete no mundo todo. A outra, pobre e adolescente, mal aparecerá nas estatísticas.

Por Lillian Witte Fibe
24 out 2017, 16h55

Na mesma manhã em que uma bala disparada por um policial matou uma turista espanhola na Rocinha, outra bala, vinda não se sabe de onde, matou Fernando Ambrósio de Moraes numa das cidades mais pobres do Rio, a pequena Japeri, na Baixada Fluminense.
Fernando, 15 anos, estava no quintal da própria casa quando policiais e criminosos trocaram tiros.
A morte da turista María Esperanza Jiménez Ruiz virou manchete. Aqui e no mundo.
Já a de Fernando, daqui a uns dias, mal aparecerá nas estatísticas.
Japeri, a 70 km da capital, é uma das 10 piores cidades do Estado em qualidade de vida, segundo o IDHM, índice de desenvolvimento humano medido pela ONU.

Rocinha, como sabemos, fica no coração da zona sul do Rio, ladeada pelos metros quadrados mais valorizados do Brasil, como os do Leblon ou da Gávea.

Foi à morte da turista que o governador Luiz Fernando Pezão se referiu, hoje de manhã, como sendo “um ponto fora da curva”.
Entre outras besteiras, ele disse também que violência acontece em todos os lugares do mundo, não só no Rio.
Ora, governador, isso lá é jeito de “justificar” o cenário de horrores em que se transformou o estado (e não só a cidade) sob a administração do senhor e de seus correligionários?
Quantos “pontos fora da curva” mais dizimarão famílias cariocas, até que um governante resolva dar um basta a esta guerra, aos governos paralelos das milícias, às facções que lutam pelos pontos de tráfico, como se isso natural fosse?
Piores do que as frases de Pezão, só algumas das proferidas ontem pelo padrinho político e antecessor do governador, o presidiário Sérgio Cabral.
Uma delas me chamou atenção: “meu governo não foi organização criminosa, mudou a vida de milhões de brasileiros que moram no Rio”.
O quê?
Mudou?
Para rivalizar com tais pérolas, só mesmo a do prefeito atual do Rio, Marcelo Crivella.

Hoje faz um mês que ele pronunciou o seguinte: “É hora de aproveitar este momento para fazermos um banho de loja na Rocinha.”

Foi durante entrevista à rádio comunitária da própria Rocinha.

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