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Aids: o número de novos casos voltou a crescer no Brasil

Precisamos, mais do que nunca, falar sobre aids. Enquanto progressos significativos têm sido feitos para eliminar infecções pelo HIV entre crianças, o número de novas contaminações entre adultos cresce. O mais recente relatório da Unaids (Programa da Organização Mundial da Saúde sobre Aids) sobre o Brasil mostra que a prevenção do HIV precisa ser expandida […]

Por Artur Timerman
Atualizado em 30 jul 2020, 21h30 - Publicado em 24 out 2016, 12h00

Precisamos, mais do que nunca, falar sobre aids. Enquanto progressos significativos têm sido feitos para eliminar infecções pelo HIV entre crianças, o número de novas contaminações entre adultos cresce. O mais recente relatório da Unaids (Programa da Organização Mundial da Saúde sobre Aids) sobre o Brasil mostra que a prevenção do HIV precisa ser expandida urgentemente nessa faixa etária.

O Brasil foi um dos primeiros países, entre os de baixa e média renda, a fornecer tratamento gratuito para pessoas que viviam com aids. Isso ocorreu em 1996, graças ao Sistema Único de Saúde (SUS). Em consequência dessa política de acesso universal, o Brasil teve uma queda acentuada na taxa de mortalidade associada à aids. O país hoje conta com uma das maiores coberturas de tratamento antirretroviral (TARV) entre os países de média e baixa renda: mais da metade (64%) das pessoas que vivem com HIV recebe TARV, enquanto a média global em 2015 foi de 46%.

Mas o problema continua. Os dados da Unaids mostram que em 2010 cerca de 43 mil novos casos de aids haviam sido registrados no Brasil. Já em 2015, esse número subira para 44 mil. O país responde por mais de 40% das novas infecções por aids na América Latina, segundo a pesquisa.
O estudo revela ainda que aumentou o número de pessoas que vivem com aids no Brasil. Entre 2010 e 2015, essa população saltou de 700 000 para 830 000 pessoas. O aumento foi de 18%. Hoje, a doença é a causa de 15 000 mortes por ano no país.

Para a Unaids, os brasileiros que viram a epidemia avançar não estão se prevenindo como deveriam; ressalte-se que os jovens compõem o grupo em que se evidencia crescimento mais expressivo no número de novos casos da infecção. Coincidentemente, é o grupo no qual se constata também alarmante aumento no número de casos de sífilis, gonorreia e outras doenças sexualmente transmissíveis.

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Outro dado da pesquisa demonstra um fato preocupante: apenas 55% dos brasileiros que vivem com aids hoje recebem o tratamento à base de medicamentos (lembremos, mais uma vez, que esse número era de 64% em 2015).

Esses dados ressaltam a necessidade de nos mantermos atentos. A prevenção da aids tem como principais pontos a ser levados em consideração:

1)- Uso de preservativos em todas relações sexuais (pesquisas mostram que menos de 40% dos nossos jovens o fazem); temos visto a expressiva associação entre uso de drogas (lícitas e ilícitas) como fator de “esquecimento” do uso do preservativo;

2)- Diagnóstico e tratamento do paciente infectado pelo HIV o mais precocemente possível; há abundantes evidências científicas que comprovam que quando a pessoa infectada pelo HIV é submetida a tratamento eficaz contra o vírus, o risco de transmissão para o parceiro sexual pode ser reduzido em mais de 99%. Lembremos que há pelo menos 750 000 brasileiros com infecção pelo HIV que não estão sendo tratados;

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3)- Devemos enfatizar a necessidade de manter a sociedade informada acerca do risco de aquisição do HIV e das consequências futuras desse fato. A infecção pelo HIV vem sendo menosprezada, principalmente pelos jovens, resultando no panorama sombrio acima detalhado.

Precisamos, mais do que nunca, falar sobre aids.

artur-timerman

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