Inverno: Revista em casa por 8,98/semana
Imagem Blog

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Informação e análise

Desgaste de Pacheco com orçamento paralelo já preocupa o PSD

Partido teme efeitos do impasse com o STF na candidatura de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 dez 2021, 08h00

Há uma semana, a cúpula do PSD se reuniu em Brasília para confirmar a candidatura presidencial do senador mineiro Rodrigo Pacheco.

Horas depois, Pacheco, que é presidente do Senado, se juntou a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara num confronto com o Supremo Tribunal Federal, que mandou cumprir a Constituição e divulgar até à próxima semana dados completos sobre as despesas com emendas parlamentares encobertas no orçamento paralelo.

No Senado, estima-se que esses gastos já somam R$ 36 bilhões (R$ 23 bilhões em despesas ocultas nos últimos 22 meses e mais R$ 13 bilhões previstos no orçamento do próximo ano).

Pacheco e Lira informaram ao STF, por escrito, que não podem cumprir a ordem judicial para dar transparência ao que já foi gasto. Alegam “inexistência de documentos que registrem essas solicitações [de deputados e senadores]” realizadas “pelos mais diversos meios (inclusive informais)”.

Segundo eles, não existem documentos com registro dos nomes dos deputados e senadores que, nos últimos 22 meses, gastaram R$ 23 bilhões em verbas federais. E nem com detalhes sobre como foi a distribuição do dinheiro extraído do Orçamento da União.

Continua após a publicidade

Sabe-se, porém, que um grupo de parlamentares — inclusive da oposição — recebeu “para apoiar o governo e fazer reformas”, como definiu o ministro Paulo Guedes, da Economia.

Ficou evidente, também, que os presidentes da Câmara e do Senado se meteram numa enrascada quando optaram por manter sob sigilo o orçamento paralelo, confrontar uma ordem do STF e abrir uma crise dentro do Congresso.

Não é pouca confusão, especialmente para Pacheco, recém-chegado à pista da disputa presidencial.

Continua após a publicidade

Desde o fim de semana o presidente do PSD tem passado parte do tempo respondendo a perguntas sobre o impasse criado pelo  candidato do seu partido na transparência do orçamento paralelo. O problema nem é da sua gestão na presidência do Senado, mas do antecessor Davi Alcolumbre (União Brasil/DEM), atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça.

À mesa com aliados e em entrevistas, Kassab tem exercitado sua habilidade de convencimento na defesa de Pacheco. “Ele é sério, tem o perfil da conciliação, é sereno e não se escondeu”, repete. “Está examinando o passado [os R$ 23 bilhões em emendas] e vai encontrar uma solução, mas, provavelmente, não vai agradar a todos.”

É uma situação complicada. Não cumprir uma ordem do Supremo é, provavelmente, a última coisa que o advogado Pacheco desejaria. A reação do tribunal é imprevisível.

No esforço de Kassab transparece preocupação com a possibilidade de efeitos corrosivos na candidatura do PSD à Presidência da República.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 2,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Ofertas exclusivas para assinatura Anual.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.