“Ontem [sexta-feira] retornando de Rondônia, no avião tinha alguns ministros, a gente vai fazer um vídeo na semana, os 22 ministros, todos aqueles que tomaram hidroxicloroquina vão falar ‘eu tomei’. É a alternativa no momento”
(Jair Bolsonaro no sábado, ao anunciar a divulgação do seu suposto “tratamento precoce”, e também de alguns ministros, com derivados de cloroquina, considerados cientificamente ineficazes contra a Covid-19)
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“Em uma doença como a COVID-19, 90% a 95% [ficam em estado] assintomático, leve ou moderado. Tomar um copo de água é a mesma coisa que tomar um comprimido, 10 ou 20 de hidroxicloroquina. A água é melhor porque não dá efeito colateral. Como 90% a 95% das pessoas [ficam] dessa forma, não custa nada um charlatão receitar hidroxicloroquina. O doente ia ficar bom de qualquer jeito e ele diz que foi a hidroxicloroquina que salvou”
(Otto Alencar, senador (PSD-BA), médico do Sistema Único de Saúde, em 4/5/2020 na CPI da Pandemia)
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“A recusa no fornecimento dos laudos dos exames [médicos] é ilegítima, devendo prevalecer a transparência e o direito de acesso à informação pública”
(Ana Lúcia Petri Betto, juíza federal, na sentença de 30/04/2020 em que mandou a União fornecer “os laudos de todos os exames” do presidente para a covid-19 feitos em março, no início da pandemia. O governo nunca os apresentou. Limitou-se a levar à juíza um “relatório” da coordenação de saúde da Presidência, com data de 18/3/2020)