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O que Fazemos nas Sombras

Por Isabela Boscov Atualizado em 31 jul 2020, 00h02 - Publicado em 24 nov 2015, 17h17

Três vampiros na Nova Zelândia no meu garimpo da semana.

E se o sujeito, apesar de ser um vampiro, não curtir a ideia de morar naquela solidão toda em um castelo medieval decrépito? Uma boa ideia seria dividir uma casa com outros vampiros em Wellington, na Nova Zelândia, que, apesar de ser uma cidade entre pequena e média (400 mil habitantes e olhe lá), tem boas baladas e gente simpática.

Ou pelo menos é isso que fazem Viago, Vladislav e Deacon, os flatmates do “documentário” O que Fazemos nas Sombras: como vampiros não podem entrar em um recinto sem ser convidados, os três dependem de gente simpática, ou pelo menos completamente desavisada, que lhes abra as portas de baladas e bares. Nem sempre é fácil. Às vezes, por exemplo, é preciso engolir a rivalidade histórica e chamar os lobisomens locais para uma festa – melhor do que um fim de semana inteiro sem programa. Viago explica que os vampiros não mais exercem o fascínio de antigamente, e ele e seus amigos estão achando um pouquinho complicado adaptar-se à vida moderna.

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Falando para a câmera, Viago (Taika Waititi), um vampiro-dândi do século XIX, relata as pequenas dificuldades diárias da convivência com Vladislav (Jemaine Clement), que virou morto-vivo na Idade Média e tem uma certa predileção por tortura, e com Deacon (Jonathan Brugh), que até ser tornado imortal, no século XIX, era um camponês, e não tem muito refinamento. Viago quer que a casa dos três seja mais arrumada e atraente, mas os outros dois resistem às suas tentativas de impor ordem doméstica e a lavar a louça suja de sangue – motivo de uma reunião bem tensa entre os três, que os “documentaristas” captam na íntegra. O grupo conta ainda com um quarto integrante, “nosso doce Petyr”, segundo a descrição de Viago, mas ele não participa muito dessas atividades fraternas: Petyr tem alguns milhares de anos, já está bem horroroso e prefere ficar recolhido à sua masmorra no porão, em meio a carcaças de animais e pessoas.

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Se você não reconheceu nenhum dos nomes acima é porque talvez nunca tenha visto a estupenda série satírico-musical Flight of the Conchords, da qual Taika Waititi era corroteirista e Jemaine Clement, criador e astro – se é que o conceito se aplica a um ponto tão fora da curva quanto Conchords. (Jemaine foi também Boris the Animal em MIB3: Homens de Preto 3.) O que os dois neozelandeses fazem melhor é usar um ponto de partida que parece nonsense para tirar dele observações dolorosamente precisas sobre ser, ou sentir-se, excluído.

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Em O que Fazemos nas Sombras, chega a ser comovente – juro – a alegria de Viago, Vladislav e Deacon quando eles transformam em vampiro Nick (Cori Gonzales-Macuer), um sujeito bem mais popular que eles, e, de quebra, Nick traz para o círculo seu amigo Stu (Stuart Rutherford), que trabalha com TI e ensina ao trio o bê-a-bá da tecnologia moderna. As duas novas amizades atenuam a sensação de deslocamento deles e fazem com que eles se sintam parte do mundo, ao invés de pessoas que estão envelhecendo mal e sendo esquecidas por ele. O que Fazemos nas Sombras é ótimo como bobagem, e é melhor ainda quando levado a sério. Ou mais ou menos a sério, vá lá.


Trailer


O QUE FAZEMOS NAS SOMBRAS
(What we do in The Shadows)
Nova Zelândia/Estados Unidos, 2014
Direção: Jemaine Clement e Taika Waititi
Com Taika Waititi, Jemaine Clement, Jonathan Brugh, Cori Gonzales-Macuer, Stuart Rutherford, Ben Fransham, Elena Stejko, Jackie van Beek

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