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Por Coluna
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Momento Fofura Canina

O vídeo que está derrubando Quatro Vidas de um Cachorro - e 11 "filmes de cachorrinho" que você tem que ver

Por Isabela Boscov Atualizado em 30 jul 2020, 21h03 - Publicado em 20 jan 2017, 18h00

Não vou palpitar sobre o vídeo que mostra supostos maus-tratos a um cão no set de Quatro Vidas de um Cachorro (que tem estreia nos cinemas brasileiros prevista para a quinta-feira que vem, dia 26) porque me falta qualificação: infelizmente, não entendo muito de cães, e menos ainda de adestramento. O cão parece estar bem infeliz, e dá muita pena ver a aflição dele, mas que sei eu? Mesmo os especialistas estão divididos a respeito do conteúdo do vídeo: se você assistir só a um trechinho, fora de contexto, de uma criança chorando por a mãe a obrigar a comer brócoli, pode ficar com essa mesma impressão, de que ela está sendo torturada – mas não seria esse o caso. O que a indignação geral em torno do vídeo prova além de qualquer dúvida é que nós amamos verdadeiramente os cães, e é quase insuportável testemunhar o sofrimento de um animal indefeso. E, no entanto, costumam ser essas as duas matérias-primas dos filmes “de cachorrinho”, um gênero que eu adoro: o amor entre um ser humano e um cão, e os sacrifícios de que ambos são capazes para proteger um ao outro.

Aí vai, então, uma lista com meus 11 filmes de cachorrinho favoritos, com dicas de onde buscá-los. Mas atenção: alguns deles vão, sim, partir o seu coração. Especialmente o primeiro.


White God

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(Fehér Isten, 2014) ()

Este drama/terror/fábula húngaro trata de uma garota que procura sem parar por Budapeste o cão que o pai dela, num acesso de raiva, deixou na beira da estrada, para não ter de pagar uma taxa extra sobre cães que não são de raça pura. O destino do cão, ao ser abandonado, é terrível. Mas trata-se de um grande filme: uma história sobre o amor entre uma garota e seu cão, e também (ou principalmente) uma alegoria sobre o tratamento que a Europa dá às minorias raciais, que se encaminha para uma delirante fantasia de revanche. Graças ao trabalho da treinadora americana Teresa Ann Miller, porém, os cerca de 250 cães que trabalham no filme, escolhidos em abrigos e programas de adoção, acharam o tempo todo que estavam se divertindo, não sendo maltratados nem fazendo guerra (no YouTube há um ótimo making-of; Fehér Isten: Werkfilm, em húngaro com legendas em inglês).

Onde ver: nas plataformas de video on-demand e em DVD (Imovision)


Cão Branco

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(White Dog, 1983) ()

Digo com segurança que você não vai ver outro filme de cachorro como esta pequena obra-prima do diretor Samuel Fuller. Uma moça atropela um pastor branco, leva-o para casa e cuida dele – e, quando ele a protege de um intruso, ela decide que não pode ficar sem ele. Problema: ela vai descobrir que ele foi treinado por supremacistas brancos para atacar (e, se possível, matar) negros. Paul Winfield é o treinador negro que vai tentar reverter o condicionamento do cão. Enquanto isso, seu coração vai se partindo com a crueldade que é perverter assim um animal.

Onde ver: em DVD (Cinemax), mas é preciso empenho para encontrá-lo

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Sempre ao Seu Lado

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(Hachi: A Dog’s Tale, 2009) ()

Você acha que tem coração de pedra? Vamos ver se tem mesmo. Se você imediatamente não se apaixonar pelo filhote de akita perdido numa estação de trem americana, e se em uma hora não estiver ensopando o lenço de lágrimas – o dono (Richard Gere) morre, o cão nunca jamais desiste de esperar por ele –, é porque você é mesmo feito de granito. E, sim, a história que o diretor Lasse Hallström conta aqui é verídica. Aconteceu no Japão dos anos 20.

Onde ver: na Netflix e em DVD (Imagem Filmes)


Cão Vermelho

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(Red Dog, 2011) ()

Numa cidadezinha poeirenta da Austrália, todos estão em crise: o pastor Cão Vermelho está morrendo. Pouco a pouco, vai-se sabendo por que ele é tão importante, e como mudou a vida de cada uma das pessoas ali, em especial a do casal John e Nancy (Josh Lucas e Rachel Taylor). Extremamente saboroso, simpático e irreverente, e às vezes muito comovente, o filme do diretor Kriv Stenders é outro que parte de uma história real que virou parte do folclore recente australiano. Eu acho imperdível.

Onde ver: DVD (Paris Filmes)


Meu Melhor Companheiro

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(Old Yeller, 1957) ()

Além dos vários filmes com a border collie Lassie, que foram inaugurados em 1943 com A Força do Coração (Lassie Come Home) e que hoje só em DVD importado ou revirando o YouTube se consegue ver, este Meu Melhor Companheiro é o filme de cachorrinho paradigmático: é super ingênua (e às vezes ultra datada, de um jeito meio ridículo mas encantador) a história do cão Yeller – “yellow”, ou “amarelo”, com sotaque caipira. Junto com a família à qual ama de todo coração, ele passa por grandes aventuras em um rancho no Oeste. Yeller chega até a enfrentar um urso, com mais sorte do que Leonardo DiCaprio. Um aviso: o final traumatizou várias gerações de crianças americanas.

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Onde ver: em DVD (Disney), mas é uma raridade


Marley e Eu

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(Marley & Me, 2008) ()

Neste sucesso adaptado do best-seller do escritor John Grogan, o negócio não é a fidelidade canina: é a lealdade humana. O labrador Marley, que conviveu com Grogan e sua mulher, Jenny (no filme, Owen Wilson e Jennifer Aniston), durante treze anos, era um grandalhão alegre, sim. Mas era também estouvado, guloso, bagunceiro, desobediente e um destruidor contumaz (de estofados, jardins, boas relações entre vizinhos e até paredes!). É um desses mistérios: às vezes ama-se as pessoas (e os cães) mais até por seus defeitos do que por suas qualidades.

Onde ver: na Netflix e em DVD (Fox)


Resgate Abaixo de Zero

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(Eight Below, 2006) ()

Paul Walker tem competição braba aqui para o seu puppy charm: seis huskies siberianos e dois malamutes do Alasca que são deixados para trás, no inverno polar (brrrr), em uma estação de pesquisa na Antártica, e passam miséria para sobreviver até a chegada da primavera . Repleto de exemplos de inteligência e fortitude caninas, e dirigido com muita segurança e graciosidade por Frank Marshall, é diversão “família” Disney de primeira linha.

Onde ver: em DVD (Disney)

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O Cachorro

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(Bombón El Perro, 2004) ()

Difícil saber quem é mais caladão aqui, se Juan, o frentista cinquentão da Patagônia argentina que perdeu seu emprego e se sente invisível, ou se o cão de raça que inesperadamente ele ganha de presente – e que muda a vida de Juan quando ele não mais julgava que isso fosse possível. Todos se interessam pelo cão vistoso; e, portanto, olham também para Juan, e falam com ele, e fazem com que ele sinta que é humano de novo. O filme do diretor Carlos Sorín é silencioso, minimalista, e profundamente tocante.

Onde ver: em DVD (Fox), mas é preciso batalhar para encontrar


Iron Will: O Grande Desafio

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(Iron Will, 1994) ()

O roteiro é daqueles que a Disney preenchia em formulário: nos confins gelados de Dakota do Norte, na virada para o século XX, pai morre, família vai perder a fazenda e ficar na miséria, filho adolescente tem que crescer e aparecer. Ou, no caso, tentar recolher o prêmio de 20 mil dólares dado ao vencedor de uma corrida de trenó de 900 quilômetros entre Winnipeg, no Canadá, e St. Paul, no estado americano de Minnesota. E aí é que a coisa toda vale a pena: que cães! Que paisagens! Repetindo: que cães!

Onde ver: em DVD (Disney), mas não é fácil achar


Meu Cachorro Skip

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(My Dog Skip, 2000) ()

Um bom exemplo de como o “filme de cachorrinho”, quando entende do que está falando, pula por cima de todas as ressalvas dos adultos: Skip, o cão alegrinho que conhece todo mundo na cidade, muda a vida do garoto Willie no verão de 1942 de maneiras que só um cachorro é capaz de fazer – parte com afeição, parte com as aventuras que a imaginação de Willie atribui a ele. Willie (Frankie Muniz) não tem amigos, tem um pai (Kevin Bacon) que não dá bola para ele, uma mãe (Diane Lane) que quer ajudar mas não sabe como – até ter a brilhante ideia de dar um cão ao filho. Só não sei quem é mais esperto aqui, se o terrier ou mamãe.

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Onde ver: em DVD (Warner). Mas, para variar, não é muito fácil encontrar…


Shiloh – O Melhor Amigo

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(Shiloh, 1996) ()

Ter 11 anos e uma vida nas mãos: essa, em resumo, é a história deste filme que tira resultados muito acima da média do velho enredo sobre um garoto e seu cão. Certo dia, o beagle Shiloh segue o garoto Marty na rua; Shiloh tem marcas de maus tratos; Marty o leva para casa. Os pais fazem-no devolver o cão ao seu dono, um caçador que trata o animal a pontapés. Mas, a essa altura, Marty não só já ama o cão com aquela ferocidade das crianças, como decidiu que protegê-lo é um dever seu, ainda que isso o obrigue a enfrentar o pai, a mãe e um sujeito potencialmente violento. Essa ideia, a de como é grave a responsabilidade de se comprometer com alguém indefeso – e como é impossível recusá-la –, acrescenta vários pontos à nota do filme.

Onde ver: em DVD (Warner). E lá vou eu de novo: tem que batalhar para achar…

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