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Por Coluna
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Na Netflix etc.: 6 filmes para ficar de bem

Solidão, tristeza, bullying: nestas histórias, os problemas existem – mas são uma oportunidade de algo melhor

Por Isabela Boscov Atualizado em 13 set 2019, 20h46 - Publicado em 13 set 2019, 20h45

Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada

Onde: HBO GO

Depois de anos de viuvez (e de celibato), Dan volta a se interessar de verdade por alguém – uma moça que conhece numa livraria, a caminho de visitar seus pais. Fulminado de paixão, ele chega à casa da família e descobre quem é a moça, afinal: Marie, a namorada daquele seu irmão que nunca deu sorte com as mulheres. Todos terão pela frente, então, um fim de semana torturante – bem ao contrário do filme, que de uma história já vista faz um enredo repleto de boas surpresas, da afinação entre Steve Carell e Juliette Binoche às observações sobre a negociação da vida em família. Por exemplo, na cena em que Dan canta Let My Love Open the Door, do The Who, e suas três filhas percebem, horrorizadas, que ele está tentando seduzir Marie diante de todo o clã.

Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada
Dan in Real Life, 2007 (Europa/Divulgação)

The Lunchbox

Onde: NOW

Um erro ocorre no intrincadíssimo sistema de entrega de marmitas de Mumbai, cujo funcionamento rende uma sequência fascinante nesta estreia do diretor Ritesh Batra – e, por causa desse erro, a vida de uma jovem mal-­amada pelo marido se ligará à de um viúvo amargo e solitário. A comida que Ila (Nimrat Kaur) preparou na tentativa de reacender a chama doméstica vai equivocadamente parar na escrivaninha do cinquentão Sr. Fernandes (o fabuloso Irrfan Khan), que se deleita com o prato. Junto com as marmitas, começarão a ir e vir bilhetes, que os dois trocam de maneira inicialmente formal e, depois, cada vez mais reveladora, sob a proteção do anonimato – até o dia em que um deles decide transpor essa distância. Reminiscente de clássicos do romance reprimido como Desencanto (1945) e Nunca Te Vi, Sempre Te Amei (1987), Lunchbox virou um favorito dos festivais graças ao casamento bem dosado entre o realismo com que retrata a febril Mumbai e a delicadeza contida com que aproxima seus protagonistas.

The Lunchbox
Dabba, 2013 (Imovision/Divulgação)

Uma Beleza Fantástica

Onde: Netflix, NOW

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Bella (Jessica Brown Findlay, de Downton Abbey) foi criada em um orfanato, onde ganhou o desejo ardente de ser autora de livros infantis – além de algumas neuroses benignas, como mania de arrumação e medo de jardins. Esse vai ser o motivo das brigas que seu vizinho compra com ela: o sessentão Alfie (Tom Wilkinson) tem saúde ruim, humor pior ainda e não suporta olhar para a selva que se instalou no quintal ao seu lado. Odeia-a tanto que até topa ensinar Bella a cuidar de plantas – com a mediação de seu faxineiro doce e sofrido, Vernon (Andrew Scott) – quando ela é ameaçada de despejo por causa do matagal. Aqui, até os ranzinzas têm um coração de manteiga batendo no peito, e a beleza vence até a solidão. Para sonhar com um mundo em que há tristezas, sim, mas também graça e gentileza.

Uma Beleza Fantástica
This Beautiful Fantastic, 2016 (Califórnia/Divulgação)

Handsome Devil

Onde: Netflix

Ruivo, magrinho e cheio de interesses sensíveis como música e literatura, Ned (Fionn O’Shea) é um saco de pancadas no colégio interno em que estuda, onde o rúgbi é a febre e meninos como ele são imediatamente tachados de gay (por acaso, ele é gay mesmo). Quando Conor (Nicholas Galitzine), um novo aluno, é transferido e alojado no mesmo quarto com ele, o bullying chega a níveis estratosféricos: Conor é um talento do rúgbi, e os outros garotos temem que Ned de alguma forma o estrague. Repleto de humor (a narração de Ned é uma delícia) e de situações e diálogos espirituosos, o filme é também cheio de calor e de empatia. No elenco, excelente, destaca-se como sempre Andrew Scott, que está também em Uma Beleza Fantástica, no papel do professor de inglês.

Handsome Devil
Handsome Devil, 2016 (Treasure Entertainment/Divulgação)

Questão de Tempo

Onde: Netflix, Looke

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Aos 21 anos, Tim (Domhnall Gleeson) descobre que, como todos os homens de sua família, tem uma habilidade incomum: é capaz de viajar de volta no tempo para qualquer ponto de sua vida. Basta se trancar no quarto, pensar bem no instante para o qual deseja retornar, e pronto – lá estará ele, revivendo uma situação já conhecida e, com sorte, saindo-se melhor nela que da primeira vez. É um dom que vem a calhar quando o tímido, atrapalhado e adorável Tim se apaixona por Mary (Rachel ­McAdams), ou quando seu pai (Bill Nighy) conta a ele que está à morte. Mas o que significa viver a vida? Refazê-la sempre melhor ou aprender a apreciá-la no momento em que ela está acontecendo? Como em todos os filmes escritos e/ou dirigidos por Richard Curtis (Yesterday e também Simplesmente Amor, O Diário de Bridget Jones, Um Lugar Chamado Notting Hill, Quatro Casamentos e Um Funeral), aqui não há gente mesquinha nem dor que não possa ser aliviada com algum amor. E é por Curtis acreditar sinceramente no poder da gentileza que o resultado é tão cativante.

Questão de Tempo
About Time, 2013 (Universal/Divulgação)

Monsieur e Madame Adelman

Onde: Netflix, NOW, Telecine

Terminado o funeral, o repórter pede a Sarah (Doria Tillier), viúva do grande escritor Victor Adelman (Nicolas Bedos), para entrevistá-la sobre a sua influência na obra do homem com quem foi casada por 45 anos. Sarah consente e fala com muito mais franqueza do que seria esperado, rememorando desde o dia de 1971 em que os dois se conheceram numa boate avançadinha de Paris até os momentos finais – passando, com riqueza de detalhes, por todos os episódios da convivência, tanto os felizes como os desabonadores (por exemplo, o afinco com que ela teve de perseguir Victor até que ele desse uma chance a ela). Escrito em parceria por Doria e Bedos, e dirigido por ele, o drama cômico francês vem cheio de surpresas e reviravoltas. É repleto, também, de perspicácia e de humor a respeito das regras e colaborações complicadas que os casais desenvolvem entre si – e ponha-se complicação nisso.

Mr & Mme Adelman, 2017 (Imovision/Divulgação)
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