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Isabela Boscov

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“Beirute”: Jon Hamm brilha em thriller político da Netflix

Roteiro de Tony Gilroy, da trilogia "Bourne", é outro ponto alto da história de um ex-diplomata de volta ao Líbano despedaçado pela Guerra Civil

Por Isabela Boscov Atualizado em 18 jun 2018, 20h04 - Publicado em 18 jun 2018, 20h01

Mason Skiles (Jon Hamm), diplomata americano na Beirute de 1972, é um desses sujeitos que mexem e agitam: conhece todo mundo e transita em qualquer meio, faz as coisas acontecerem, é tido como um analista arguto na complicadíssima política do Oriente Médio. Da noite para o dia, porém, o castelo de Mason desaba; nem ele, afinal, sabia tão bem assim onde estava pisando. Dez anos depois, vê-se a erosão a que a vida profissional e pessoal de Mason foi submetida: alcoólatra, sozinho e exausto, ele vive de arbitrar disputas laborais no Meio-Oeste americano – nem os copos cheios de bourbon turvam seu olhar clínico para o ponto a que cada parte é capaz de chegar numa negociação. E então, novamente da noite para o dia, Mason se vê de volta ao Líbano – agora arrasado pela década de guerra interna e com Israel –, a serviço da CIA, com a incumbência de negociar a libertação de um velho amigo e ex-companheiro de trabalho que terroristas palestinos pretendem usar como moeda na troca por um dos seus, que acreditam estar em posse dos israelenses. Jogado de novo na fogueira do Líbano, entre a Embaixada, a CIA, a Organização pela Libertação da Palestina e o Serviço Secreto de Israel (além de outras partes cuja afiliação é mais difícil identificar), Mason é uma incógnita até para si próprio. Mas, com a ajuda de outra agente livre, Sandy Crowder (Rosamund Pike), impõe-se levar a missão a cabo até quando ela deixa de existir.

Beirute
(Netflix/Divulgação)

Numa das atuações mais consistentemente sensacionais da nova TV americana, no papel do publicitário Don Draper de Mad Men, Jon Hamm se mostrou perito em retratar homens imensamente persuasivos, capazes de convencer qualquer um de qualquer coisa – menos a si mesmos: seu dom agudo para enxergar o que move os outros vem com uma espécie de cláusula de autodestruição do portador. Assim como no caso de Draper, o talento de Mason é o que o constrói e o faz desmoronar – e a escalação perfeita de Hamm, assim como o foco em um personagem tão instável quanto o próprio cenário em que ele tem de atuar, estão entre os grandes lances do roteiro de Tony Gilroy para Beirute, um filme original da Netflix que acaba de ser lançado na plataforma. Gilroy escreve de tudo, de Armageddon até A Grande Muralha. Mas é quando tem em mãos um protagonista como Jason Bourne (ele roteirizou os três primeiros filmes), ou como o “faxineiro” de imbróglios explosivos vivido por George Clooney em Conduta de Risco, que ele mostra seus talentos singulares – para os diálogos extraordinariamente ricos e para capturar situações voláteis com precisão e sem recorrer a descrição ou exposição. No roteiro de Gilroy e na direção de Brad Anderson (de um sem-número de episódios de séries, entre as quais The Shield, Boardwalk Empire e The Killing), Beirute não querem reinventar o thriller político, mas apenas encapsular em um personagem e em um evento um dos mais intrincados e prolongados conflitos da história recente. Eu disse “apenas”? Como se fosse….


Trailer

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BEIRUTE
(Beirut)
Estados Unidos, 2018
Direção: Brad Anderson
Com Jon Hamm, Rosamund Pike, Shea Wigham, Dean Norris, Mark Pellegrino, Ben Affan

 

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