A história mais bonita da Olimpíada de Tóquio
O italiano Gianmarco Tamberi e Mutaz Barshim preferiram dividir a medalha de ouro do que haver um derrotado no salto em altura
Havia expectativa para o pódio da história mais bonita dos Jogos Olímpicos de Tóquio até agora – a cerimônia de entrega das medalhas de ouro para o italiano Gianmarco Tamberi, 30 anos, e Mutaz Essa Barshim, 29 anos, do Catar. Eles dividiram o primeiro lugar do salto em altura, numa decisão olimpicamente fraterna. As bandeiras dos dois países subiram, lado a lado. Os dois hinos foram tocados. E, para coroar um instante especial, um pôs a medalha no pescoço do outro. Na competição, ambos superaram o sarrafo em 2m37. Havia a possibilidade de haver um único vencedor, se tentassem passar o 2m39. Erraram no primeiro salto e decidiram não tentar mais. “Não podemos ter dois ouros?” perguntou o atleta do Catar. “É possível se vocês dois decidirem”, respondeu o oficial, levando Barshim a estender a mão ao italiano que rapidamente retribuiu. O bronze ficou com Maksim Nedasekau, de Belarus, que alcançou a mesma marca, mas perdeu no desempate de outros saltos.
Amigos de outras jornadas, em torneios internacionais, Tamberi e Barshim comprovaram que a vida é maior do que uma Olimpíada – especialmente se for tingida de dourado. “Gianmarco é um dos meus melhores amigos, dentro e fora das pistas”, disse Barshim. Apenas uma única outra vez dois atletas tinham dividido o primeiro lugar: o americano Jim Thorpe e o norueguês Ferdinand Bie, no pentatlo, no longínquo Jogos de 1912, em Estocolmo.
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