Rocha Loures, o ‘homem da mala’, furou a fila da tornozeleira
Depoimento confirma que não houve ofício formal solicitando a tornozeleira. Promotoria entra com ação de busca e apreensão do equipamento

O Ministério Público de Goiás encontrou fortes indícios de que o ex-assessor da Presidência Rodrigo Rocha Loures, preso depois de ser flagrado com uma mala recheada de dinheiro de propina, foi beneficiado na fila por uma tornozeleira eletrônica para deixar a prisão. O promotor de Justiça Fernando Krebs tomou depoimento do superintendente de Administração Penitenciária de Goiás, coronel Victor Dragalzew Júnior, na tarde desta terça-feira e ouviu que o pedido pela tornozeleira foi feito de forma informal, num telefonema do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) — ou seja, sem o envio de um ofício.
O promotor vai entrar com um ação de busca e apreensão do equipamento e usará o depoimento de Dragalzew Júnior para sustentar o inquérito que apura o caso.
O Estado de Goiás mantém contrato de fornecimento de 1.855 tornozeleiras , mas apenas 950 estão em funcionamento.