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Felipe Moura Brasil

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O terrorismo de Dilma Rousseff e a insanidade brasileira

Agora que o terrorista de Boston foi condenado à morte, relembro meu artigo “A verdadeira insanidade”, publicado em abril de 2013, após a reação de Dilma Rousseff ao episódio. ***** Dilma condenou as explosões na Maratona de Boston como um “ato insano de violência”. Mas não foi assim que ela começou a carreira? Ou não […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 5 jun 2024, 03h27 - Publicado em 15 Maio 2015, 18h56

Agora que o terrorista de Boston foi condenado à morte, relembro meu artigo “A verdadeira insanidade”, publicado em abril de 2013, após a reação de Dilma Rousseff ao episódio.

*****

Dilma condenou as explosões na Maratona de Boston como um “ato insano de violência”. Mas não foi assim que ela começou a carreira? Ou não terá sido um “ato insano de violência” aquele que matou o soldado Mário Kozel Filho, de 18 anos, em junho de 1968? Foi o seu grupo, a Vanguarda Popular Revolucionária, que acelerou um carro-bomba, com vinte 20 quilos de dinamite, para dentro de um Quartel General em São Paulo, despedaçando o corpo do rapaz e ferindo mais seis militares.

Mário foi apenas o primeiro dos oito assassinados pela VPR nos tempos de Dilma, e ainda haveria mais cinco pela VAR-Palmares e três pelo Colina, os outros dois grupos que ela integrou, em total sanidade, quando lutava pela implantação de uma ditadura comunista no Brasil, com instruções e armas vindas do exemplar regime de Fidel Castro em Cuba.

Dilma expressou sua “solidariedade, em nome de todos os brasileiros, às vítimas e suas famílias”? Falou em “trágico incidente”? Não. Ajudou a criar a “Comissão da Verdade” para glorificar seus feitos terroristas como luta pela democracia e demonizar os inimigos da revolução. Tudo com o amparo de professores e jornalistas militantes, que bombardeiam há 40 anos a cabeça dos brasileiros, despedaçando seus neurônios com a falsificação da história.

Se o atentado da Maratona de Boston tivesse ocorrido no Brasil, o autor seria forte candidato a presidente de 2055. Como foi nos EUA, o autor terá de se contentar, se tanto, em ser o padrinho político e intelectual do futuro presidente. O amigo e ghost-writer de Obama, Bill Ayers, responsável por lançar sua carreira em Chicago com uma arrecadação de fundos em sua própria casa, no bairro onde Obama morava, também começou como Dilma.

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Co-fundador do grupo revolucionário comunista Weather Underground, Ayers participou da plantação de uma porção de bombas, como na estátua de sua cidade dedicada a baixas policiais, em 1969 (estátua que foi reconstruída no ano seguinte e novamente bombardeada por integrantes de seu grupo); na sede do Departamento de Polícia de Nova York, em 1970; no Capitólio, em 1971; e no Pentágono, em 1972.

Hoje Ayers é uma figura estelar da educação americana, autor de livros, professor aposentado da Universidade de Illinois e agora professor visitante da Minnesota State University Moorhead, onde poderá mais uma vez celebrar a decadência econômica, política e cultural do “império americano”, lamentar o poderio militar do país e falar aos jovens da importância de serem “cidadãos do mundo”, como fez ano passado na Universidade de Oregon. Qualquer semelhança entre suas ideias e os atos de seu afilhado Obama contra a soberania nacional não são mera coincidência.

(A amizade íntima entre eles e a festinha para um na casa do outro foram negadas durante a campanha de 2008, mas admitidas por Ayers na semana passada, porque, com Obama reeleito, já não há mais o que temer.)

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Duas ex-integrantes do Weather Underground também são hoje estrelas acadêmicas: a esposa de Ayers, Bernardine Dohrn, é professora de Direito da Northwestern University School of Law; e Kathy Boudin, condenada em 1984 por assassinato, da Columbia University. Todos empenhados em promover a “justiça social”, isto é, em tornar os EUA um grande Brasil socialista.

Se são radicais? Ora, radicais somos nós, que julgamos o terrorismo real e intelectual dos esquerdistas revolucionários tão repugnante quanto o da Maratona de Boston. Radical sou eu que reconheço que aquele terror, pregado abertamente por Karl Marx, tampouco é o que há de mais insano no mundo. O verdadeiro “ato insano” do nosso tempo foi o dos americanos, brasileiros e outros que deixaram essa gente bombástica subir ao poder.

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PESSOAS ASSASSINADAS PELA VPR
– 26/06/68 – Mário Kozel Filho – Soldado do Exército – SP
– 27/06/68 – Noel de Oliveira Ramos – Civil – RJ
– 12/10/68 – Charles Rodney Chandler – Cap. do Exército dos EUA – SP
– 07/11/68 – Estanislau Ignácio Correia – Civil – SP
– 09/05/69 – Orlando Pinto da Silva – Guarda Civil – SP
– 10/11/70 – Garibaldo de Queiroz – Soldado PM – SP
– 10/12/70 – Hélio de Carvalho Araújo – Agente da Polícia Federal – RJ
– 27/09/72 – Sílvio Nunes Alves – Bancário – RJ*

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PESSOAS ASSASSINADAS PELA VAR-PALMARES
– 11/07/69 – Cidelino Palmeiras do Nascimento – Motorista de táxi – RJ
– 24/07/69 – Aparecido dos Santos Oliveira – Soldado PM – SP
– 22/10/71 – José do Amaral – Sub-oficial da Reserva da Marinha – RJ
– 05/02/72 – David A. Cuthberg – Marinheiro inglês – Rio de Janeiro
– 27/09/72 – Sílvio Nunes Alves – Bancário – RJ*

PESSOAS ASSASSINADAS PELO COLINA
– 29/01/69 – José Antunes Ferreira – Guarda Civil – BH/MG
– 01/07/68 – Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen – Major do Exército Alemão – RJ
– 25/10/68 – Wenceslau Ramalho Leite – Civil – RJ

* O nome se repete porque Sílvio foi assassinado em assalto ao Banco Novo Mundo, na Penha, pelas organizações terroristas PCBR – ALN – VPR – Var Palmares e MR8. Autor do assassinato: José Selton Ribeiro.

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Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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