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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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O argumento de Gregório nunca sai do armário

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 03h13 - Publicado em 25 ago 2014, 16h11

O maior argumento do esquerdista é mostrar que [a esquerda de] outro país já transformou em direito a ideia que ele defende, logo ela constitui um avanço, um progresso, já é uma realidade, e quem se opõe a ela representa o atraso. Se o país é de primeiro mundo da Europa, então, o argumento automaticamente se torna mais forte, porque a forma de não ser colonizado americano é ser colonizado europeu; e se supostos especialistas – como “331 médicos” – se assumiram a favor da causa, e se pessoas famosas para além da militância política – como “ninguém menos que Simone de Beauvoir” – endossaram aquela ideia, mais ainda.

O apelo à autoridade de outros militantes e ao número deles constituem assim uma apoteose argumentativa, que só perde para a negação sem qualquer elaboração de que alguma coisa seja do jeito que alguém descreveu. Exemplo: “Sair do armário não é um ato exibicionista. Levantar bandeira também não.” E fim de papo. Explicado está. Especialmente se já foi dito que “ninguém é obrigado a sair do armário. Mas você não precisa trancar a porta por dentro”, como se alguém estivesse trancando alguma porta por dentro e não o autor esquerdista apenas tentando dar ares de autoritarismo aos seus adversários políticos e ao próprio amigo gay que ele havia citado, só por este ter julgado exibicionista assumir-se gay em público.

Some-se aí uma fofoquinha disfarçada de piada para demonizar um candidato a presidente, isto é, uma calúnia que não saiu do armário – e pronto: você tem o texto “O país e o armário” do militante de extrema-esquerda Gregório Duvivier publicado hoje na Folha, cujo final “Ateus, maconheiros, vagabundas, pederastas, sapatões e travestis do mundo: uni-vos” faz jus à proposta dos ideólogos comunistas Antonio Gramsci e Herbert Marcuse de ampliar a classe revolucionária para além do proletariado industrial, como já explicado aqui.

Em matéria de aborto – sendo a favor ou contra, não importa -, compare a exposição e a argumentação do militante com o capítulo “Aborto” do nosso best seller, além dos posts “Vamos educar contra o aborto” e “O filme que o Bonequinho do Globo não quer que você veja“, e entenderá o que está escrito na página 383:

O abortista é abortista por decisão livre, que prescinde de razões. Essa liberdade afirma-se diretamente pelo ato que a realiza e, multiplicado por milhões, se torna liberdade genericamente reconhecida e consolidada num “direito”. Daí que o discurso em favor do aborto evite a problemática moral e se apegue ao terreno jurídico e político: ele não quer tanto afirmar um valor, mas estatuir um direito (que pode, em tese, coexistir com a condenação moral do ato). 

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O texto panfletário do humorista militante, como em geral de todos os esquerdistas da mídia, é mais uma vez pura propaganda revolucionária, feita precisamente, no caso, para que seu público – naturalmente constituído de pessoas que já nasceram – engrosse o coro pelo direito de exterminar os próprios filhos.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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