O cenário da formação de uma frente político-social contra as ofensivas autoritárias do presidente e seu batalhão de adoradores já se desenhava há algum tempo em manifestações conjuntas pontuais, como as dos governadores de diferentes partidos. Materializou-se, enfim, do fim da semana passado para cá com diversas ações de entidades, personalidades e instituições na defesa dos ideais democráticos.
Rompeu-se a assustada letargia decorrente da conjugação das restrições do isolamento social impostas pela crise sanitária e da ausência de condições politicamente objetivas para a deflagração de um processo de impedimento de Jair Bolsonaro.
Quando artistas, acadêmicos, diplomatas, parlamentares, dirigentes partidários, ex-presidentes da República, cientistas, escritores, líderes religiosos, economistas, juristas, advogados, procuradores e até torcidas de times de futebol se expressam numa só voz é o grito da maioria que se faz presente.
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Note-se que nenhum dos atos e/ou manifestos pede de modo explícito a interrupção do mandato presidencial. O anseio é pela preservação da normalidade institucional. Se Bolsonaro quisesse atender ao chamamento tudo indica que seria bem recebido.
A questão é que não dá sinais de querer, preferindo se posicionar como fator de instabilidade. Vai criando, assim, o ambiente propício à intensificação das reações. Já conseguiu o que parecia impossível: a disposição da deposição das divergências na sociedade residente fora da bolha de súditos.
Já vimos outros momentos semelhantes na nossa história. E neles não houve nenhum em que, no fim, vencesse a minoria. Por barulhenta e agressiva que fosse.
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