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Por Laryssa Borges
A repórter Laryssa Borges, de VEJA, relata sua participação em uma das mais importantes experiências científicas da atualidade: a busca da vacina contra o coronavírus. Laryssa é voluntária inscrita no programa de testagem do imunizante produzido pelo laboratório Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
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Oxímetro, unhas compridas e esmalte: uma combinação explosiva

Vendidos como pão quente, os oxímetros estão na linha de frente de diversos governos no atendimento a infectados pelo novo coronavírus

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
26 dez 2020, 10h54

26 de dezembro, 8h03: Na cidade esvaziada após as comemorações de Natal, chego à farmácia para comprar um analgésico. Nada relacionado a possíveis reações adversas à vacina que tomei como voluntária no final de novembro. Até encontrar os atendentes, ainda sonolentos atrás do balcão, passo por um exército de oxímetros. Prateleiras inteiras recheadas dos equipamentos para medir o nível de oxigenação no sangue. “Tem vendido igual pão quente”, diz a funcionária.

Na minha experiência como voluntária em busca de um imunizante contra a Covid-19, já passei por maus bocados ao ver índices alarmantes de oxigenação aparecendo na tela do oxímetro. Há pouco mais de uma semana, quando retornei à clínica onde me submeto aos estudos clínicos de desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus, a médica perguntou se me adaptei ao equipamento e reparou nas minhas unhas grandes. Pintadas com esmalte e um tanto quanto teatrais: uma combinação desastrosa para a aferição certa dos níveis de oxigênio.

Segundo ela, o aparelho, similar a um prendedor, deve ser colocado “bem fundo” no dedo, com unhas curtas para não atrapalhar a medição e sem esmalte. Até os esmaltes bem clarinhos afetam a leitura, diz ela. Por isso, em internações, afirma, uma das primeiras providências é retirar qualquer produto das unhas de pacientes para que os oxímetros, onipresentes em UTIs e quartos de hospitais, possam trabalhar sem contratempos.

No caso da Covid-19, como algumas pessoas contaminadas não se queixam de falta de ar apesar de poderem estar com baixo nível de oxigênio no sangue, o oxímetro é um importante aliado para se detectar uma situação de hipóxia silenciosa. Nela, a saturação de oxigênio no sangue diminui sem que a pessoa sinta desconforto respiratório, e o paciente só percebe os sintomas quando a saturação de oxigênio já está muito baixa. Não raro, tarde demais.

Nesta pandemia, além dos oxímetros vendidos em farmácia, o aparelho está na linha de frente de diversos governos no atendimento a infectados pelo novo coronavírus. Estima-se que no Reino Unido 200.000 deles foram distribuídos a britânicos que, embora tenham testado positivo para a doença, poderiam ser monitorados de casa e não precisavam de atenção hospitalar imediata. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por sua vez, tem um projeto de estímulo ao uso da oximetria em salas de operação de países de média e baixa renda como forma de melhorar o acompanhamento e detectar riscos em pacientes.

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