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Coluna da Lucilia

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Fora de Série

Episódios de várias partes do mundo são contraponto a muros e barreiras

Por Lucília Diniz
27 ago 2020, 16h33

Estou aproveitando estes meses de distanciamento social para viajar pelo mundo. Revisitei algumas cidades, como Paris e Nápoles. Conheci cenários que não constam em nenhum guia turístico, como a Faixa de Gaza. Entrei de novo no Vaticano. Viajei no tempo também. Fui até o final do século XIX, dei uma voltinha até 1920, parei um pouco nos anos 1950. Tudo isso, é claro, sem sair da poltrona. Tais passeios em época de reclusão são cortesia das séries de TV produzidas longe da indústria cinematográfica norte-americana.

A popularização mundial dessas produções é um fenômeno cultural, um contraponto ao mundo de fronteiras cada vez mais fechadas, com estrangeiros barrados em aeroportos, aviões no chão, muros infames e barreiras protecionistas levantadas por toda parte. Apesar disso tudo, a cultura viaja via streaming. Com essas séries, temos a oportunidade de conhecer a vida, a cultura e os valores de povos que pouco víamos retratados nas telas. E o que é melhor: por eles mesmos, de maneira menos estereotipada.

Um dos palpites mais úteis atualmente é sobre seu potencial de entretenimento. A oferta é grande e as referências, muitas vezes, nos escapam, com atores e diretores distantes dos telões. Acertar uma série é garantia de bom passatempo por noites a fio. Nem sempre isso acontece. Quando a história não decola é menos ruim, porque abortamos o projeto televisivo logo de cara. O pior é quando, depois de um começo promissor, a história não engata. Aí ficamos dando seguidas chances à ficção, à espera de uma retomada do ímpeto inicial – com frequência perdemos tempo e nos decepcionamos.

As melhores dicas vêm de amigos, que sabem de nossas preferências. Até porque, conhecendo os amigos, damos os descontos que acharmos necessários. A primeira atitude para desfrutar dos episódios é abrir-se ao novo. Para ouvidos habituados ao inglês, a nova safra soará como uma moderna Torre de Babel. As séries são faladas em alemão, francês, árabe, hebraico, turco, norueguês, italiano e um de seus dialetos, o napolitano.

Da Alemanha vêm duas ótimas opções. “Babylon Berlin” conta a história da agitada vida intelectual e artística dos anos 1920, em meio às ameaças da ascensão do nazismo. “Dark”, cuja trama transcorre numa cidade fictícia, proporciona um tour por várias locações próximas à capital do país, com destaques arquitetônicos, como a igreja Südweskirchholf Stahnsdorf, que tem traços nórdicos e de art nouveau.

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Outras duas são italianas. “The New Pope” visita os corredores de um Vaticano místico e reconstruído. Chamam a atenção as roupas do papa Pio XIII, com peças desenhadas por Giorgio Armani e sapatos Christian Louboutin. Em “Brilliant Friends” somos convidados a entrar no mundo da escritora Elena Ferrante, que faz suas personagens circularem por bairros de Nápoles.

A série israelense “Fauda” (caos, em árabe) nos leva a Hebron, a maior cidade da Cisjordânia, e à Faixa de Gaza (embora as cenas na região tenham sido filmadas em cidades árabes-israelenses, é possível imaginarmos a realidade local). E a canadense “Anne com E” apresenta lugares que poucos pensariam em visitar, como a Ilha do Príncipe Eduardo, com suas praias de areia vermelha.

Há muito mais no streaming: “Peaky Blinders” (britânica), “A Louva-a-Deus” (francesa), “La Casa de Papel” (espanhola) e o filme turco “Milagre na Cela 7”.

Pode escolher: é entretenimento fora de série.

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