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Cidades sem Fronteiras

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Dólar em alta e preços em queda impulsionam a procura de estrangeiros por imóveis no Brasil

Desde o ano passado, o mercado imobiliário sofre as pressões da crise econômica e da alta do dólar. Os preços dos imóveis, que vinham subindo desde o boom de 2010, começaram a registrar queda neste ano, com reajustes abaixo da inflação. Isso se reflete na mudança de perfil dos compradores, com cada vez mais estrangeiros interessados em […]

Por Mariana Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 dez 2016, 11h46 - Publicado em 5 ago 2015, 16h50
Vista aérea do Rio de Janeiro, onde o mercado imobiliário já reflete os impactos da crise (Foto Michael Regan/Getty Images/VEJA)

Vista aérea do Rio de Janeiro, onde o preço dos imóveis está em queda (Foto Michael Regan/Getty Images/VEJA)

Desde o ano passado, o mercado imobiliário sofre as pressões da crise econômica e da alta do dólar. Os preços dos imóveis, que vinham subindo desde o boom de 2010, começaram a registrar queda neste ano, com reajustes abaixo da inflação. Isso se reflete na mudança de perfil dos compradores, com cada vez mais estrangeiros interessados em fechar negócios no país e mais brasileiros querendo adquirir imóveis no exterior.

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Nos imóveis à venda no país, os preços caíram como um esforço para atrair interessados. O índice FipeZap divulgado ontem mostra que a queda já chega a 5% do valor dos imóveis anunciados desde o início do ano. O número considera o aumento médio de 1,5% no preço do metro quadrado descontada a inflação acumulada, de quase 7% no período.

Cinco das 20 cidades pesquisadas tiveram queda nominal de preços na comparação com o ano passado: Niterói, Belo Horizonte, Vila Velha, Curitiba e Rio de Janeiro — esta última segue em tendência de baixa mesmo sendo a dona do metro quadrado mais caro do país, 10.631 reais, em média.

A exato um ano do início da Olimpíada, uma cobertura de cinco quartos no Leblon posta à venda inicialmente por 23,8 milhões de reais baixou neste mês para 19,5 milhões de reais, numa redução de 18% do valor. É o movimento inverso do ocorrido durante o boom, quando, em apenas um ano, os imóveis cariocas novos tiveram valorização de 40%, segundo dados da consultoria JP Morgan.

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De acordo com Frederico Judice Araujo, sócio da imobiliária Judice Araujo, especializada em imóveis de alto padrão no Rio de Janeiro, são vários os casos de redução de preços. E, com o dólar ameançando atingir 4 reais, comprar apartamento no Brasil virou um bom negócio para estrangeiros. Para facilitar e acelerar essas negociações, duas das mais famosas e tradicionais casas de leilões do mundo, as britânicas Christie´s e a Sotheby’s, expandiram suas atividades no mercado imobiliário brasileiro.

Na Judice Araujo, a procura internacional por imóveis cariocas aumentou 22% em relação ao ano passado. A imobiliária é parceira da Chirstie’s International Real State, responsável por intermediar compra e venda de imóveis de luxo no mundo todo. Neste ano, a Chirstie´s passou a operar também com imóveis em São Paulo, após acordo firmado com a imobiliária Axpe, de imóveis especiais. Principal concorrente da Chirstie´s, a Sotheby´s International Realty também resolveu investir no país. Aliou-se à imobiliária paulistana Bossa Nova para oferecer residências brasileiras à sua clientela internacional.

De acordo com Rick Moser, vice-presidente da Christie´s para América Latina e Caribe, o atual cenário cria uma via de mão dupla. “Há tanto estrangeiros querendo comprar no Brasil quanto milionários brasileiros buscando imóveis fora do país como forma de se proteger da inflação e da desvalorização cambial”, diz. No geral, os estrangeiros recorrem à Christie´s em busca de imóveis no Rio de Janeiro enquanto os paulistanos pesquisam imóveis no exterior.

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Segundo o proprietário da imobiliária Axpe José Eduardo Cazarin, cerca de cinquenta clientes brasileiros bateram à sua porta desde o início do ano interessados em comprar casas e apartamentos em Portugal. O destino ganha popularidade entre os brasileiros pelos preços e pela facilidade da língua. A compra do imóvel é também uma maneira de conseguir viver no país, já que proprietários de imóveis no valor de 500 mil euros ganham o “visto gold”, permissão para circular livremente pelos países da União Europeia e tornar-se residente depois de cinco anos.

Assim como refletiu o bom momento econômico de 2010, o mercado imobiliário já demonstra a gravidade da crise atual. É esperar para ver até onde a maré vai baixar.

 

Por Mariana Barros
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