GreenCare oferece cursos gratuitos sobre cannabis para médicos
Por meio de seu recém-criado instituto, empresa investe na educação para ampliar o mercado no Brasil
O Brasil tem cerca de 450 mil médicos com registro ativo, mas apenas pouco mais de mil prescrevem ou já prescreveram produtos com cannabis a seus pacientes. Essa conta, que já virou uma espécie de mantra do setor, sempre esteve entre as principais preocupações das empresas que dependem dessas prescrições para ampliar o seu mercado. Para mudar a situação, produtores e importadores de medicamentos à base da erva têm investindo em cursos, seminários, eventos, palestras e, principalmente, visitação aos profissionais de saúde para levar informação sobre a medicina canabinoide. Agora a GreenCare, uma das principais empresas do segmento no Brasil, dá um passo adiante nesse esforço ao lançar o Instituto GreenCare. A plataforma, 100% digital, vai oferecer cursos gratuitos para médicos, ministrados por profissionais que são referência em suas áreas e conhecem bem o universo da cannabis medicinal.
“Um dos nossos pilares de atuação é a educação continuada. Com o Instituto GreenCare, queremos levar informação de qualidade, com evidências científicas de fontes confiáveis aos médicos de todo o Brasil. Para garantir isenção, o instituto tem autonomia e funciona em uma estrutura apartada da empresa. Você não vai ouvir falar de produtos ali dentro”, explica Andrea Chulam, diretora de marketing da GreenCare. Segundo ela, a iniciativa nasceu da necessidade de expandir a atuação de seu time de vendas, que visita em torno de 5 mil médicos por mês. “Não temos capacidade para atender a mais profissionais. Com a plataforma online, esperamos que muitos outros médicos, de diferentes regiões do país, possam se inscrever para aprender sobre o assunto”, completa. Para Andrea, o formato online não deve ser um empecilho, já que as pessoas se acostumaram ao modelo durante os meses da pandemia de COVID-19.
A empresa aposta ainda na parceria com sociedades médicas dedicadas a especialidades como oncologia, urologia, reumatologia e ortopedia para ampliar o alcance da plataforma. “A chancela dessas entidades demonstra a consistência e a relevância científica do conteúdo oferecido. Os professores de cada módulo foram recrutados por serem referência em suas áreas de atuação, não necessariamente por sua afinidade com o universo da cannabis medicinal”, afirma a executiva. A neurologista Christina Funatsu, responsável pelo módulo de autismo, acredita que o instituto vai, além de contribuir para ampliar o universo de médicos prescritores no Brasil, criar um ambiente de troca de informações e conhecimento sobre os tratamentos com cannabis. “Os médicos vão aprender sobre dosagens, formulações, indicações, efeitos e formas de acompanhamento dos pacientes para que possam prescrever com muito mais segurança e confiabilidade. Outro benefício será a troca de experiências entre os profissionais, que vai contribuir de forma significativa para a ampliação do conhecimento acerca da cannabis medicinal e sobre suas inúmeras aplicações terapêuticas”, afirma a médica. O Instituto GreenCare já está funcionando e atualmente conta com aulas sobre autismo, farmacologia, controle de qualidade e medicina canabinoide de forma geral. De acordo com a empresa, novos conteúdos serão incluídos periodicamente, sempre gratuitos.
Descanso
Para tentar me recuperar ao menos um pouco desse ano surreal, vou me conceder duas semanas de recesso aqui do blog. Volto no começo de janeiro. Aos leitores, desejo um novo ano com mais esperança e, principalmente, mais saúde a todos. Até lá!