Brasil ganha nova rádio dedicada exclusivamente à cannabis
Rádio Hemp fica 24 horas no ar com podcasts e programação musical relacionada ao universo da erva

Ativistas do universo canábico, os criadores dos podcasts THShow e Santa Cannabis decidiram unir forças para colocar no ar uma nova rádio brasileira com conteúdo 100% dedicado ao universo da erva. Ao lado de outros dois sócios, o jornalista Marcus Bruno e os comunicadores Igor Seco e Marcelo Nhock fundaram na internet a Rádio Hemp, que já nasce com seis patrocinadores do segmento. A estação digital, que fica 24h no ar, contará com uma programação musical eclética, que vai “do rock ao samba e do reggae ao pop”. Além da faixa sonora, também serão transmitidos os podcasts, que já estavam disponíveis em outras plataformas. “Não é uma rádio que só vai falar de cannabis, mas uma rádio que vai falar com a linguagem do público que se identifica com a causa”, explica Seco. Para sintonizar, basta acessar o site radiohemp.com. Os podcasts vão ao ar sempre às 16h20, com o THShow às terças e quintas e o Santa Cannabis às sextas.
ATUALIZAÇÃO: Depois que publiquei a nota acima, fui informado que o posto de pioneira no segmento canábico é, na verdade, da Rádio Legalize, que entrou no ar em 2008. A iniciativa nasceu do esforço de alguns dos primeiros organizadores da Marcha da Maconha, que buscavam novos formatos para espalhar suas mensagens contra a guerra às drogas e as injustiças sociais por ela provocadas. Segundo um de seus idealizadores, o jornalista, músico e DJ Raoni MouChoque, o espaço virtual virou ponto de encontro e mobilização para os ativistas ligados à causa. “Cobrimos eventos, fizemos entrevistas, transmissões ao vivo e recebemos convidados da cena canábica no Brasil e no exterior”, lembra MouChoque. A rádio segue no ar e, segundo ele, apresentará novos formatos em breve. Sobre a Rádio Hemp, ele diz ser bem-vindo o surgimento de uma nova estação digital dedicada à erva. “São mais pessoas que se juntam à nossa luta. Sempre fui um apaixonado por rádio e fico feliz ao ver que outros também optaram por esse formato para se comunicar com a comunidade canábica”, conclui.