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Deonísio da Silva: Se aquilo que Dilma leu fosse uma redação, o autor tiraria nota zero

Vanessa Grazziotin estava vestida de tapete e Kátia Abreu, de toalha de mesa

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 21h58 - Publicado em 31 ago 2016, 07h22

Li nesta terça-feira o que ontem ouvi: o discurso do velório sui generis da presidente afastada Dilma Rousseff. É sui generis porque a defunta, vestida de pano de cobertura de poltrona, falou.

Reitero o que escrevi no Facebook e alhures. Dilma perde muito com os apoiadores que tem. Na segunda-feira, mostrou-se “menos pior” do que nas outras vezes, não fossem, principalmente suas “apoiadoras”. O dilmês, como já observou Celso Arnaldo Araújo num livro imperdível, adora um feminino serôdio. Anteontem, voltou a dirigir-se “primeiramente às cidadãs”, como se os cidadãos não incluíssem o feminino, e deixou escorrer a verborragia incontrolável. E suas “apoiadoras” se esmeraram em piorar a situação.

A senadora Gleisi Hoffman, por exemplo, deu-lhe as costas e saudou o conjunto “Lula, Chico Buarque e seus blue caps”, no alto da galeria. E, claro, omitiu a saudação a Paulo Bernardo, seu marido, complicado com a Justiça por prospecções indevidas, não em Pasadena ou em outro feudo da Petrobrás, mas nos contracheques de servidores públicos aposentados. Até onde vão, hein!

A senadora Vanessa Grazziotin, vestida de tapete, cujo marido, o ex-deputado estadual por cinco mandatos Eron Bezerra, perdeu recentemente os direitos políticos, por improbidade administrativa quando Secretário da Produção Rural (o que será isso?), parecia fora de si, pactuada com semelhantes como o apoplético Lindberg Farias. Por que não te calas, Farias? Farias melhor se ficasses em silêncio obsequioso de ex-prefeito de Nova Iguaçu com uma montanha de processos judiciais. A senadora Kátia Abreu, vestida de toalha de mesa, deu vários sopapos na sintaxe e na lógica para mostrar quem é que manda.

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Lendo o texto que Dilma leu, vi que, se fosse uma redação, o autor tiraria zero. Quando o redator sai do tema, até graves erros, como os de concordância verbal, estampados hoje nos jornais e nos “sites”, são ignorados. Para que corrigir abaixo de zero? Com efeito, esta é a nota que se dá quando a redação não aborda o tema. No caso, nem sequer o bordejou, pois o assunto não era aquele! Está claro que não foi ela quem o escreveu.

“O tempora, o mores” (que tempos, que costumes!), bradava com frequência em seus discursos o admirado Cícero, o maior orador da Roma antiga, fustigando desafetos como Catilina, que todos conhecemos ainda nos estudos rudimentares de Latim. A frase de que mais gosto, aliás, não é esta. Nem a famosa “quo usque tandem, Catiina, abutere patientia nostra?” (até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência?”). Eu gosto muito desta: “omnia consilia tua patefacta sunt” (todos os teus planos foram revelados).

Para quem sabe ouvir e ler nas entrelinhas, os planos eram outros. Não eram democráticos, não! Democracia requer alternância de poder! Isto posto, vemos que a falta de ética, ontem, em resumo, andou de braços dados com a falta de estética. É só conferir amostras verbais e visuais do hospício, como o caracterizou o diretor da enfermaria e presidente do Senado, o senador Renan Calheiros.

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