Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Delação do ex-governador de Mato Grosso causa insônia em Brasília

Além de deputados estaduais, federais, senadores e conselheiros do TCE, o depoimento de Silval Barbosa compromete também Blairo Maggi

Por Branca Nunes Atualizado em 4 ago 2017, 21h53 - Publicado em 4 ago 2017, 21h51

Depois das descobertas feitas pela Operação Lava Jato graças a delações premiadas, um acordo de colaboração celebrado em Mato Grosso vem produzindo tremores de terra que começam a causar estragos distantes do epicentro localizado em Cuiabá e podem sacudir todo o país. “O conteúdo é monstruoso”, resumiu para o site O Livre o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, ao comentar o baú de segredos aberto pelo ex-governador mato-grossense Silval Barbosa. “Depois da Lava Jato, é a maior operação”.

Assinado há dois meses com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o acordo aguarda a homologação de Fux. Além de deputados estaduais e federais, senadores e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, o conteúdo dos depoimentos compromete também Blairo Maggi, atual ministro da Agricultura e governador de Mato Grosso de 2003 a 2010. Segundo Silval, Maggi participou da montagem de um esquema para liberar dinheiro de precatórios em troca do apoio de parlamentares.

A denúncia pode frustrar as pretensões políticas de Maggi, que vem ensaiando voos de dimensões nacionais. Na próxima semana, o presidente do PP, deputado Ciro Nogueira, planejava apresentar a Geraldo Alckmin, num jantar em São Paulo, o nome do ministro como possível candidato a vice-presidente da República em 2018, numa chapa encabeçada pelo governador tucano. 

Maggi divulgou uma nota para neutralizar a primeira carga de artilharia. “Causa estranheza e indignação que possíveis acordos de colaboração, muitos ainda não homologados, coloquem em dúvida a credibilidade e a imagem de figuras públicas que tenham exercido com retidão, cargos na administração pública”, ressalta um trecho do documento. “Nunca houve ação, minha ou por mim autorizada, para obstruir a justiça ou atrapalhar as investigações”.

Amigo de longa data do ministro Gilmar Mendes, Silval Barbosa governou Mato Grosso de 2010 a 2014. Preso em 2015 pela Operação Sodoma, que investiga crimes de fraudes na concessão de incentivos fiscais, conquistou o direito à prisão domiciliar em junho deste ano depois de se comprometer publicamente a colaborar com a Justiça e devolver R$ 46 milhões. 

Silval é o primeiro ex-governador brasileiro a assinar um acordo de delação premiada. Uma boa notícia para o Brasil e uma péssima notícia para o Legislativo, para o Executivo e, provavelmente, também para o Judiciário.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.