Como seria uma sabatina do JN com o candidato do PT à Presidência?
Na entrevista com Alckmin, a mais rica, potente e moderna unidade da federação foi apresentada aos telespectadores como uma mistura de Alagoas com Bolívia
Os casos de corrupção envolvendo políticos tucanos consumiram mais que a metade do tempo da entrevista de Geraldo Alckmin ao Jornal Nacional, exibida nesta quarta-feira pela TV Globo. Dos 27 minutos de interrogatório, 15 foram engolidos pelo tema. O ex-governador paulista, que até agora não pode ser tratado como integrante de alguma organização criminosa, teve de sentir-se numa sala de delegacia durante 15 minutos.
Como será a sabatina com o candidato do PT à Presidência? Pelo prontuário, Lula ficaria no estúdio da Globo 15 dias. Pelas bandalheiras em que se meteu o partido que virou bando, Fernando Haddad mereceria ser interpelado por 15 horas.
No tempo restante da entrevista, a mais rica, potente e moderna unidade da federação foi apresentada aos telespectadores como uma mistura de Alagoas com Bolívia. Alckmin poderia ter lembrado que, se fizesse parte da federação norte-americana, São Paulo ocuparia o 7° lugar no ranking dos estados mais desenvolvidos.
O entrevistado também poderia ter convidado a dupla de entrevistadores a dizer o que seria melhor para o Brasil: São Paulo ficar parecido com o restante do país ou o restante do país ficar parecido com São Paulo?