Durante a sessão da Câmara que começou a discutir a reforma da Previdência, Gleisi Hoffmann, rebatizada com o codinome Amante pelo Departamento de Propinas da Odebrecht, berrou — sem ficar ruborizada — o parecer tremebundo: “Trocar emenda por voto é um tapa na cara do povo!”. A oradora se referia à liberação pelo governo Bolsonaro de verbas que o próprio Congresso tornou obrigatórias, com o entusiasmado apoio do PT, ao inventar o chamado “orçamento impositivo”.
Tapa na cara do povo é uma especialidade do partido que Gleisi preside. Vários deles foram desferidos em 2005, por exemplo, quando explodiu o escândalo do Mensalão. Os tapas se transformaram em socos e pontapés nos brasileiros decentes em 2015, quando a Lava Jato começou a devassar o escândalo do Petrolão.
Gleisi certamente acredita que, como dizia Ivan Lessa, o Brasil esquece a cada 15 anos o que aconteceu nos 15 anos anteriores. Deve ser por isso que trata o povo brasileiro como um bando de idiotas.