Vamos a algumas verdades sobre Bolsonaro: ele gostaria de ser um ditador e quer fechar o regime, ele sempre foi um apagado deputado do baixo clero, nunca tendo participado de nenhum debate importante no Brasil, ele não tem o discernimento que em geral é exigido pelo exercício do cargo que ocupa.
Vamos a outras verdades, agora sobre nossas instituições: o Brasil é uma federação cujos governadores, com frequência, almejam o cargo de presidente, há grande divisão de poderes com muitas atribuições claras, exclusivas e separadas do Senado, da Câmara dos Deputados, do Supremo Tribunal Federal, e de diversas instituições, nossa elite política e empresarial prefere a alternância de poder com imprevisibilidade de ganhadores e perdedores do que vencedores que fiquem muito tempo no poder e derrotados que fiquem tempo igual longe dele.
Mais algumas verdades muito verdadeiras: nossa elite parlamentar é formada por políticos experientes que já foram testados e aprovados em décadas de negociações, sob pressões intensas e grande exposição midiática, tais políticos sabem navegar em mares revoltos e ares turbulentos, já fizeram isso com sucesso em inúmeros episódios.
Pense nestes três conjuntos de verdades e irá concluir que não haverá nem impeachment, nem golpe, mas sim a eleição de 2022 quando Bolsonaro poderá ser reeleito ou perder.