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Opinião política baseada em fatos
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Análise: democracia sólida

Na democracia a maioria eleita governa, e a minoria, também eleita, resite e faz oposição. É isso que está acontecendo hoje

Por Alberto Carlos Almeida 14 dez 2019, 18h35

Venho batendo na tecla da solidez de nossa democracia. Aqueles que dizem o contrário, concordo com Adam Przeworski, fazem mais sucesso na mídia. Os que me questionam citam como evidência de menos democracia resultados de políticas públicas ou da ausência delas: mais desmatamento, mortes de líderes indígenas, aumento do feminicídio, menos recursos para a cultura, ataques à educação. Sou frontalmente contra tudo isso e cerro fileira em oposição a tudo isso e muito mais. Porém, não misturo as coisas.

Há um governo eleito que está seguindo as diretrizes do Presidente da República. Há uma oposição também eleita que faz oposição ao governo. E há, em 2022, a chance de reverter tudo isso, elegendo-se o candidato de oposição a Bolsonaro. Além disso, temos liberdade para fazer oposição. Esse texto é isso. A atuação de deputados e senadores de oposição é livre, as críticas e ataques ao governo nas mídias tradicionais e sociais é possível e está sendo feita. Ademais, Bolsonaro perdeu dezenas de votações no Congresso e outras tantas decisões do governo foram revertidas na justiça. Isso é democracia.

Na democracia a maioria governa, por meio do voto, e a minoria faz oposição até o dia em que ela se torna maioria. Muitos dão como evidência de falta de democracia a morosidade da justiça e sua natureza inquisitorial, juntamente com a polícia e o MP. Isso não começou no Governo Bolsonaro, vem desde muito tempo.

Quem está na oposição deveria evitar confundir discordar de políticas públicas, fazer oposição a elas, com achar que tais políticas públicas são evidência de menos democracia. Se for assim, só haverá democracia quando o seu candidato vencer. Discordo disso: há democracia também quando aquele que não gostamos vence. As pessoas de esquerda conviveram com mais de uma década de políticas públicas de esquerda. Talvez por isso venham dando o nome de “falta de democracia” às políticas públicas de direita.

Bem vindo ao mundo real, é assim que as coisas são. A direita eleita pelos brasileiros é dessejeito: desmonta o mais médicos, não dá atenção aos pobres, e toma dezenas de medidas contra a base da pirâmide social. Cumpre resistir, opor-se e tentar vencer em 2022.

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