É possível que a morte de Adriano Nóbrega tenha sido queima de arquivo. Algumas condições seriam necessárias para isso:
1) Witzel não controlar a Polícia Civil do Rio. Bolsonaro e seus filhos terem escalado os policiais que foram para a Bahia,
2) Rui Costa não controlar o BOPE da Bahia, e Bolsonaro e seus filhos terem escalado e terem dado as ordens para os policiais que foram atrás de Adriano,
3) Witzel ter feito um acordo temporário com Bolsonaro para protegê-lo, apesar de estarem, já faz tempo, em rota de colisão frontal e agressiva,
4) o acordo de Witzel com Bolsonaro teria que contar também com o apoio de Rui Costa do PT. Os dois governadores poderiam trocar a queima de arquivo por recursos federais para seus respectivos estados,
5) um acordo dessa natureza teria de envolver os secretários de segurança dos dois estados e os diretores gerais (comandantes) da Polícia Civil do Rio e do BOPE da Bahia. De alguma maneria, tais negociações se dariam sem a participação dos secretários de fazenda, que achariam estranho a liberação de recursos em um momento de aperto de cinto.
Esta série de acordos envolveria umas 20 pessoas e nada vazaria de nenhuma delas. Impossível não é, mas também não é provável. É mais fácil que os policiais estivessem morrendo de medo de um bandido perigosíssimo e tivessem ido para matar ou morrer. Policiais matam pessoas muito mais indefesas do que Adriano. Além disso, a conspiração de violação do painel do Senado na época de Antônio Carlos Magalhães envolveu muito menos gente e vazou, porque uma conspiração tão escabrosa como essa não vazaria?
Quando Bolsonaro deve ser preso para cumprir pena de mais de 27 anos
Banco de Nelson Wilians relatou ao Coaf ‘irritabilidade’ do advogado
Flávio Bolsonaro se inclui na disputa pela candidatura à Presidência e divide ainda mais a direita
Ataque mais rápido do reino animal é registrado em câmera lenta; veja
Mulher de Roberto Justus lamenta que ‘ricos sofrem no Brasil’

