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Por Filipe Vilicic
Crônicas do mundo tecnológico e ultraconectado de hoje. Por Filipe Vilicic, autor de 'O Clube dos Youtubers' e de 'O Clique de 1 Bilhão de Dólares'.
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Udacity mostra que educação é bom negócio…

...mesmo quando há crise. No Brasil, o centro de treinamento em tecnologia tem crescido até 15% por semana, abrindo portas para profissões que florescem

Por Filipe Vilicic Atualizado em 30 jul 2020, 20h51 - Publicado em 7 jun 2017, 19h12

Primeiro, o contexto. A Udacity foi criada, em 2011, no Vale do Silício, pelo celebrado cientista da computação Sebastian Thrun (professor de Stanford e que teve papel decisivo no Google), com o intuito de capacitar indivíduos para que possam trabalhar em empresas inovadoras. Recordo que o ambicioso projeto foi colocado em dúvida muitas vezes. Isso ficou claro, por exemplo, num papo que tive, em 2013, com outra figura do vale do Silício, Peter Norvig, que ministrava, ao lado de Thrun, um curso gratuito e online, o “Introdução à Inteligência Artificial” (com 160 mil alunos de 190 países). Disse-me ele: “O modelo de universidade, como existiu até hoje, não funciona mais. Hoje, as pessoas têm de se atualizar muito rápido, não podem ficar quatro anos focadas num tema que pode ser coisa do passado já no momento em que se graduam”. Visionário. Certo? Mas muita gente – em especial, catedráticos das antigas – achava que isso era só modinha. Que a forma de estudo instituída pelas universidades nunca seria renovada. Pois, seis anos depois, a Udacity parece ter provado que a modinha pode virar status quo. Nos Estados Unidos, o modelo já é um sucesso. Mas foi ainda mais surpreendente o desempenho da organização no Brasil.

A Udacity chegou ao público brasileiro há mais ou menos um ano. Também com muitas dúvidas em torno dela. A principal: será que seria um bom momento para desembarcar no Brasil, em meio a uma grave crise econômica? Depois de 11 meses de trabalho, Carlos Souza, diretor-geral da iniciativa na América Latina (e antes um dos fundadores do Veduca, site brasileiro de educação online), é seguro em afirmar: “A crise acabou por levar pessoas, empregadas ou não, a quererem atualizar suas competências, adaptar-se a novas profissões que surgem e, eventualmente, mudar o percurso de suas carreiras”.

Mas vamos sair do achismo. Souza passou, com exclusividade para este blog, números que comprovam o que ele defendeu aí acima:
4 600 é o número de estudantes da Udacity Brasil. Meta para o fim do ano: ao menos 10 mil
De 5% a 15% é o crescimento semanal do negócio (sim, semanal!)
O Brasil já o 3º país mais importante para a Udacity, atrás apenas de China (mas colado nesta) e dos EUA
R$ 10 milhões é o faturamento no país, em menos de um ano de operação

É um caso de sucesso que vale ser compartilhado até para incentivar aqueles que estão com dificuldade de encontrar um emprego nesse período de turbulência econômica (somada às incertezas políticas). Por quê? Não falta emprego pros que se formam nessas novas profissões do século XXI – para entender, dentre os cursos ofertados estão coisas modernas como “analista de dados”, “marketing digital”, “desenvolvedor Android” e “data science”? A boa notícia: não, não falta.

A própria Udacity fechou parcerias com empresas como Samsung, IBM, 99 e Telefônica para treinar pessoas que possam vir a ser funcionários das mesmas. Segundo essas marcas, é difícil encontrar profissionais qualificados no métier tecnológico. Tanto que, segundo estudos sobre o setor, há em torno de 70 mil vagas abertas nesse campo.

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É um alívio se deparar com históricas como essa, que mostram que bons negócios, inovadores e ousados, podem se sobrepor a qualquer crise que surja. Na área da inovação, afinal, sempre é um bom momento para testar, na prática, uma boa ideia (seja qual for ela).

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