Relâmpago: Revista em casa por 8,98/semana

Universidades se debruçam na criação de cimento verde

Alternativa para o convencional, ganha destaque pela maior pegada ambiental, como diminuição dos gases do efeito estufa

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 jun 2025, 20h35

O cimento verde é uma boa arma para diminuir o impacto da indústria da construção civil, que é uma das mais poluentes do meio ambiente. Há muitas iniciativas neste sentido. Um novo tipo acaba de sair do forno da Universidade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP. Desenvolvido com fibras vegetais, ele é capaz de absorver 100 quilos de dióxido de carbono (CO2), por metro cúbico. Isso se deve a um novo elemento, que faz papel de ligante, que substitui compostos à base de cálcio por óxido de magnésio e CO2. O resultado é um cimento mais resistente. A ideia dos pesquisadores é usar o CO2 gerado durante a produção de etanol de cana-de-açúcar. A operação limparia cerca de 11,3 milhões de toneladas produzidos no estado.

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis , São Paulo foi o maior produtor de etanol do Brasil, com 14,7 milhões de metros cúbicos, cerca de 45% da produção nacional. Tecnologias como a do cimento verde pode contribuir de forma decisiva para a descarbonização da matriz energética nacional. O processo de captura de CO2, por materiais cimentícios ocorre por meio da reação entre espécies alcalinas, presente da matriz e o ácido carbônico  (H2CO3), a partir da dissolução do CO2, na água existente no sistema. Os cimentos feitos com magnésio resultam em produto mais resistentes. Isso porque, segundo o pesquisador Adriano Azevedo, como os carbonatos de magnésio, como produto da carbonatação, tende a se precipitar nos poros vazios da estrutura, aumentando a densidade e diminuindo a absorção de água. Além de contribuir com as propriedades mecânicas, favorecem a durabilidade, sempre que a composição tem na estrutura fibras. O projeto pretende aprimorar o processo produtivo e promover o modelo de negócio mais sustentável.

Leia:
+https://veja.abril.com.br/agenda-verde/concreto-feito-com-adicao-de-borra-de-cafe-pode-ser-ate-30-mais-resistente/

Há outras iniciativas de desenvolvimento de cimentos verdes, pelo Brasil. Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará criaram um modelo fabricado a partir de resíduos das industrias siderúrgicas do Estado. A fórmula do ecocimento, desenvolvido no Departamento de Engenharia Estrutural e Construção Civil, já conta com a carta-patente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial. O processo está mais adiantado, que o paulista.

 

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.