Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Reserva Guarani vai fixar mais de 50 mil toneladas de CO2 com agrofloresta

Em parceria com banco suíço e hub de inteligência, a aldeia Karugwá, de São Paulo, vai ganhar cerca de 100.000 árvores

Por Nathan Fernandes
20 out 2021, 13h25

As terras da aldeia Guarani Karugwá vão ganhar cinco hectares de agrofloresta, que une conservação de ecossistemas com uma produção agrícola autossustentável. Serão plantadas cerca de 100.000 árvores, que fixarão mais de 50.000 toneladas de CO2 nos próximos 20 anos. A ideia é que o projeto piloto se expanda para todos os 140.000 hectares da aldeia, localizada na cidade de Barão de Antonina, divisa entre São Paulo e Paraná. 

A iniciativa é uma parceria entre os indígenas guarani e a empresa Pretaterra, um hub de inteligência agroflorestal, que, além da América Latina, já tem projetos na África, Ásia e Europa. Com o acordo, as terras passam a fazer parte do projeto de restauração produtiva “Agrofloresta na Mata Atlântica”, financiado pela UBS Optimus Foundation, braço de filantropia do banco suíço UBS. 

“Muita gente não sabe, mas ainda existem povos indígenas espalhados pelo estado de São Paulo e escolhemos a comunidade Karugwá para fazer parte do nosso projeto piloto que mudará a paisagem de 100 hectares de Mata Atlântica”, afirmou a engenheira florestal Paula Costa, cofundadora da Pretaterra. 

Atualmente, a aldeia — demarcada como unidade de conservação pela Funai, em 2005 —, é a casa de 30 famílias, com cerca de 150 pessoas, que já se dedicam a plantações agroflorestais, plantando para a subsistência em harmonia com a conservação do lugar. Desde que chegaram na reserva, há 16 anos, 30% da área já voltou a ser floresta, graças ao solo enriquecido com espécies de plantas nativas. Entre os alimentos plantados estão mandioca, milho, feijão, banana e outras variedades de frutas, além da criação de animais como peixes, galinhas, porcos e vacas. 

Para o engenheiro florestal Valter Ziantoni, também cofundador da Terrapreta, a ponte entre os saberes tradicionais e os novos modelos de produção é fundamental para que se siga um caminho sustentável. “Entender como os povos da floresta trabalham em harmonia com a natureza é a chave para a construção de um futuro regenerativo, com alimentos nutritivos e abundantes para todos, inclusão social e mitigação climática. A partir disso, aplicamos ferramentas científicas de aquisição de conhecimento local para entender e multiplicar a sabedoria das populações nativas”, explica.

Como afirma Ziantoni, a agrofloresta é uma ferramenta de “resiliência, união, perseverança, e pertencimento na co-criação de uma agricultura ambientalmente sustentável e socialmente integradora, capaz de enfrentar e solucionar os maiores desafios da nossa era”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.