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Presidente da COP30 alerta: adaptação climática não é escolha

Em carta aberta, André Corrêa do Lago convida todos a somarem a essa corrente emergente de resiliência coletiva

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 out 2025, 15h05

A poucas semanas do início do maior evento sobre a mudança do clima, em Belém, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, compartilhou com a sociedade a oitava carta aberta à sociedade sobre a importância do encontro internacional, que é o ponto de partida para o próximo passo da evolução humana. A adaptação não é uma escolha, mas uma condição essencial para a sobrevivência da humanidade. A carta defende que, diante da “era das consequências”, a cooperação deve ser o princípio central da resposta global à crise climática, pois a sobrevivência pertence aos mais cooperativos, não apenas aos mais fortes. A COP30, em Belém, deve ser a “COP da verdade” e da adaptação, com foco em fortalecer o multilateralismo, aproximar o regime climático das pessoas e acelerar a implementação dos compromissos do Acordo de Paris.

O texto alerta para um precedente perigoso na evolução humana, no qual os mais ricos se isolam em muros resilientes, enquanto os pobres permanecem expostos aos impactos do clima. Dados recentes mostram que mais de 1 bilhão de pessoas vivem em pobreza multidimensional aguda, muitas em áreas de alto risco climático. A inação é descrita como uma escolha política, que define quem vive e quem morre, refletindo o conceito de “necropolítica”. A carta enfatiza que a falta de adaptação multiplica a pobreza, destrói economias e amplia desigualdades, com impactos severos em países africanos, insulares e latino-americanos.

Avanços continuam subestimados

Apesar dos avanços, a adaptação continua subfinanciada e subestimada, representando menos de um terço do financiamento climático global. O documento argumenta que adaptar-se é investir em desenvolvimento sustentável, estabilidade econômica e justiça social — cada infraestrutura resiliente gera benefícios múltiplos e evita perdas futuras. A carta pede que o financiamento para adaptação seja ampliado, de preferência duplicado ou triplicado, e que chegue aos mais vulneráveis, com o uso de instrumentos financeiros inovadores como títulos de resiliência, trocas de dívida por adaptação e financiamentos baseados em resultados.

Por fim, a carta propõe que a COP30 seja o ponto de virada global para a adaptação, com a consolidação dos Planos Nacionais de Adaptação e a implementação efetiva do Objetivo Global de Adaptação (GGA). Belém deve marcar a transição da fase de negociações para a de ações concretas, com indicadores mensuráveis, financiamento robusto e integração da adaptação nas políticas fiscais e econômicas. O texto conclui com um apelo ético e simbólico: que a COP30 transforme a vulnerabilidade em solidariedade e reafirme a aliança entre humanidade e natureza, guiada pela coragem, pela cooperação e pelo cuidado.

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