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Onça pintada viaja da Amazônia para São Paulo para conhecer pretendente

Viagem integra programa de conservação que promove o encontro entre onças em diferentes regiões para fortalecer a reprodução da espécie

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 Maio 2025, 15h15

Uma onça-pintada fêmea de três anos cruzou o céu brasileiro nesta sexta-feira, 16, em uma missão importante. Batizada de Ruana, a felina nasceu em cativeiro no BioParque Vale Amazônia, no sudeste do Pará, e foi levada de avião até o Zoológico de São Paulo, onde deve participar de um programa de conservação da espécie. Lá, ela passará por um período de adaptação antes de ser apresentada ao possível parceiro reprodutivo, o macho Raimundinho.

A viagem aérea, com duração de quatro horas, evitou o estresse de um trajeto terrestre de ao menos dois dias e foi realizada dentro do programa Avião Solidário, da companhia aérea Latam, que há 13 anos realiza o transporte gratuito de animais silvestres em parceria com instituições de preservação. “Ao oferecer uma segunda chance a filhotes cujos pais foram vítimas de maus-tratos e do tráfico de animais silvestres, possibilitamos que iniciem novas histórias, formem novos pares e contribuam para a preservação das espécies”, afirma o veterinário Nereston de Camargo, do BioParque Vale Amazônia.

Ruana durante o transporte aéreo para São Paulo, realizado em caixa especial que garantiu conforto e segurança ao animal ao longo do trajeto.
Ruana durante o transporte aéreo para São Paulo, realizado em caixa especial que garantiu conforto e segurança ao animal ao longo do trajeto. (Nereston Camargo/Vale/Reprodução)

O transporte de Ruana integra o Plano de Ação Nacional para a Conservação da Espécie, uma iniciativa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com apoio do Ministério do Meio Ambiente e da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB). O objetivo é garantir a diversidade genética e o manejo responsável de espécies ameaçadas fora do ambiente natural — estratégia conhecida como conservação ex situ.

Antes de qualquer aproximação com Raimundinho, Ruana permanecerá em quarentena, sob avaliação de biólogos e veterinários. Só então será iniciado um processo cuidadoso de socialização, essencial para o sucesso da reprodução. A gestação da onça-pintada dura cerca de 90 a 110 dias e, na natureza, os filhotes ficam com a mãe por até dois anos.

Ruana cresceu ao lado da mãe, Marília — resgatada do tráfico ilegal — e do irmão Rudá, que também já foi transferido para uma instituição paulista. Esses deslocamentos fazem parte de uma estratégia nacional para preservar a onça-pintada, espécie símbolo da fauna brasileira e hoje ameaçada de extinção. A reprodução sob cuidados humanos é uma das ferramentas mais importantes nesse esforço.

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