Lobos-marinhos da Antártida aportam em praia paulista; assista ao vídeo
Mamíferos fazem uma parada no Brasil para descansar da longa trajetória em busca de recursos.
![Lobos-marinhos chegam na Baixada Santista](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/07/WhatsApp-Image-2024-07-16-at-19.53.12.jpeg?quality=90&strip=info&w=829&h=677&crop=1)
Mesmo em um litoral muito urbanizado e nada preservado, a Baixada Santista, no litoral paulista, recebeu uma visita inusitada: dois lobos-marinhos-subantárticos (popularmente chamados de lobos-marinhos de peito branco). Com jeito bem bonachão, esses mamíferos parecem focas, mas têm pelos cinza longos e macios, orelhas na forma de abas e são maiores e menos ágeis. Apoiados nos membros anteriores, movimentam o corpanzil de 300 quilos em terra com muita calma e tranquilidade. Raramente aportam por essas bandas. O último da espécie que, se tem notícia, apareceu em uma praia vizinha, em Itanhaém, há três anos.
Esses novos visitantes chegaram em praias diferentes, um deles está em Mongaguá e outro na Praia Grande, a cerca de seis quilômetros de distância. Mas os turistas tem de observá-los de longe, por determinação do Instituto Biopesca, que controla ambientalmente as praias da Bacia de Santos, em um projeto estruturado pela Petrobras. O objetivo é não aumentar o estresse desses animais, assim preservam o silêncio e o sossego da dupla. Além disso, o barulho e o tumulto poderiam assustá-los e isso poderia fazer com que voltassem para o mar, mesmo que estivessem cansados ou machucados. Abaixo o vídeo de um dos lobos-marinhos feito por Isabella Boaventura, do Instituto Biopesca.
Os leões-marinhos vieram de longe, das ilhas oceânicas, localizadas no entorno da Antártida. Nesta época, eles costumam migrar para buscar alimentação e para isso são capazes de nadar quase dois mil quilômetros mar a dentro. No inverno as fêmeas ficam até 28 dias nas águas para conseguir recursos. Já os machos passam a maior parte do ano no mar ou em colônias ociosas de animais do mesmo gênero, sempre perto do habitat natural, a não encontrem comida nos arredores.
Monitorados 24 horas por dia
Os biólogos do instituto estavam preocupados que o casal estivesse machucado. Mas depois de quase dois dias de monitoramento à distância, que incluiu vídeos e fotos, perceberam que o casal está bem, apenas descansando. Cada um deles, fica de um lado da praia, tirando longas sonecas. O pesquisadores da Biopesca estão se revesando no monitoramento. Os dois serão resgatados apenas se apresentarem algum problema físico e precisem de ajuda. Mas se continuarem bem, ficam sob observação por segurança, até voltarem para as águas para seguir a travessia.