La Ninã finalmente chegou
Agência americana do clima, NOOA, confirma fenômeno: pela quarta semana consecutiva a temperatura do Pacífico desceu 0,7°C

Depois do El Niño, que aqueceu o Oceano Pacífico, elevando a temperatura global em 2023 e 2024, o mundo esperava o La Niña, fenômeno oposto ao evento com nome de menino, que esfria as águas na parte equatorial deste mar, em ao menos 0,5°C. Geralmente, ele chega no fim do inverno e no máximo no início da primavera. Como até então não havia registro algum de mudança atmosférica ou de temperatura, as agências acreditavam que neste ano, ao contrário do esperado, a La Niña não fosse dar as caras. Mas nas últimas quatro semanas, as águas apresentaram variação negativa de 0,7°C.
O instituto do governo americano do clima, NOOA confirmou nesta quinta-feira, 9, que o La Niña de fato estacionou no Pacífico. Mas ele terá influência fraca sobre o clima e permanência curta: tem 60% de chances de ficar até o fim do primeiro trimestre. Como o evento já nem era mais esperado pela maioria, a agência brasileira MetSul Meteorologiaa, que já vinha acompanhando a variação negativa as águas desde dezembro, afirmou que pode ser o início do fenômeno mais tardio das últimas cinco décadas.
Além da queda da temperatura, também foram constatadas mudanças de circulação atmosféricas sobre o Pacífico Tropical, chamada de circulação Walker, que determina menos chuvas sobre a região central do oceano. A variação atmosférica somada a diminuição da temperatura determinam a chegada técnica do La Niña.
No Brasil, o ento deve provocar aumento de chuvas no Norte e no Nordeste e tempo mais seco no Sul. De acordo com o NOOA, as águas do Pacífico devem permanecer mais frias até o fim do outono.
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