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Harvard afirma que não vai mais investir em combustíveis fósseis

Decisão da instituição que detém o maior fundo universitário do planeta, avaliado em US$ 42 bilhões, pode inspirar outras universidades

Por Nathan Fernandes
29 set 2021, 16h34

A Universidade Harvard, instituição norte-americana que está entre as mais prestigiadas do mundo, anunciou que vai encerrar seus investimentos em combustíveis fósseis. Em uma carta postada no site, o diretor Lawrence Bacow comentou que “as mudanças climática são a maior ameaça da humanidade”; e, citando os recorrentes desastres climáticos, como incêndios florestais e inundações, apontou ainda que, “como sugere o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, sem uma ação conjunta, esta terrível situação só vai piorar”.

O comunicado informa que, desde fevereiro, a Harvard Management Company (HMC), que gerencia os fundos patrimoniais e ativos financeiros da universidade, já não tem nenhum investimento direto em empresas que exploram reservas de combustíveis fósseis. 

“Dada a necessidade de descarbonizar a economia e nossa responsabilidade como fiduciários de tomar decisões de investimento de longo prazo que apoiem ​​nossa missão de ensino e pesquisa, não acreditamos que tais investimentos sejam prudentes”, escreveu Bacow.

Em relação aos investimentos indiretos no setor, o diretor afirmou que estão em “modo de esgotamento”. Segundo ele, esses investimentos, que são feitos através de capital privado,  representam menos de 2% do total. 

Universidades importantes, como Oxford, Cambridge, Brown e Cornell, já se comprometeram a não investir no segmento dos combustíveis fósseis, mas muitas outras instituições ainda não. Especialistas avaliam que o movimento de Harvard pode desencadear reações em cadeia, pressionando outras universidades a fazer o mesmo. 

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O fundo da instituição detém o maior valor entre todas as universidades do planeta, sendo avaliado em US$ 42 bilhões. Estudantes, ex-alunos e ativistas ambientais vêm, há anos, pressionando a instituição para vender os ativos em combustíveis fósseis como forma de se adequar às atuais necessidades ambientais. 

Um dos grupos ativistas, Divest Harvard, escreveu no Twitter que: “Desde o início, Harvard procurou se esquivar e negar, alegando que os estoques de combustíveis fósseis eram necessários para o lucro, que o fundo patrimonial não deveria desempenhar um papel no combate às mudanças climáticas e que as empresas de combustíveis fósseis fazem parte da a solução”. Segundo o grupo, não deveria ter levado uma década para Harvard se adequar à realidade climática, ainda assim, a decisão é “uma grande vitória para os ativistas e o planeta”. 

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