Fábricas na floresta: um caminho para a preservação da Amazônia
Os Laboratórios Criativos da Amazônia (LCA) são minifábricas móveis a ser instaladas dentro de comunidades locais

É lugar-comum entre ativistas ambientais que a única maneira de preservar a Amazônia é torná-la lucrativa. Pois o climatologista Carlos Nobre e seu irmão Ismael Nobre, biólogo, resolveram, em 2017, estudar a economia da região e concluíram que um caminho era processar na própria floresta os produtos que são extraídos ali. Esse é o princípio que norteia os Laboratórios Criativos da Amazônia (LCA), minifábricas móveis a ser instalados dentro de comunidades locais. O primeiro será enviado em março para produzir chocolate em quatro povoados no Pará. O pulo do gato do projeto está nos computadores, softwares e sensores especiais que cuidam do controle do processo de torra, fermentação e mistura de ingredientes na fabricação do chocolate in loco. O LCA custa apenas 10% a mais que uma fábrica tradicional e unidades futuras deverão processar castanha-do-pará, açaí e óleos de buriti, patauá e tucumã.