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Estudo: Solo brasileiro estoca carbono equivalente a 70 anos de emissões

Amazônia é responsável por mais da metade do armazenamento

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 jun 2023, 16h02

A associação entre árvores e a redução dos gases do efeito estufa parece óbvia: plantas realizam fotossíntese e esse processo é responsável por capturar o gás carbônico da atmosfera. O solo cultivado, entretanto, também é responsável por armazenar a substância. Um mapeamento divulgado nesta quarta-feira, 21, mostra que essa capacidade é surpreendente: no Brasil, uma quantidade equivalente a 70 anos de emissões de CO2 do país estão estocados na terra. 

Os dados são referentes ao ano de 2021 e foram levantados pelo MapBiomas. Em números absolutos, significa que cerca de 37 bilhões de toneladas de carbono orgânico estão armazenados no solo brasileiro, 63% desse total em coberturas nativas. 

O nível de armazenamento depende muito do bioma. A Mata Atlântica e o Pampa são os que têm maior capacidade de reter esse carbono, mas devido ao extenso desmatamento, são responsáveis por armazenar apenas 17% do montante. O solo amazônico, por outro lado, estoca mais da metade dessa substância. 

Até hoje, os cientistas ainda não compreendem completamente como funciona esse processo de armazenamento, mas já está claro que o desmatamento e a erosão são fatores que contribuem com a liberação desse carbono na atmosfera na forma de gás carbônico e metano. 

O MapBiomas é pioneiro nesse tipo de monitoramento e o realiza desde 1985. Desde lá, 3,2 bilhões de toneladas do estoque armazenado em florestas nativas foram perdidas. Os dados reforçam a necessidade de preservação dos biomas brasileiros, em especial daqueles com maior capacidade de retenção de carbono. 

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Os números mais recentes, contudo, não trazem esperança – entre 2019 e 2021, mais de 6 milhões de hectares de mata foram perdidos para o desmatamento. Apenas em 2022, foram cerca de 21 árvores derrubadas por segundo na Amazônia, um aumento de 19% em relação ao ano anterior.

A impunidade foi um importante contribuinte da destruição – só houve punição para 10,2% de toda a área destruída ao longo dos últimos quatro anos. O governo atual, no entanto, foi eleito tendo a proteção ao meio ambiente como uma de suas bases e desde que Marina Silva  assumiu, as multas por crimes contra a floresta amazônica aumentaram em mais de 200%. Resta saber se esse esforço será suficiente para remediar as perdas das últimas décadas. 

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