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Empresas partem para coleta seletiva de plástico nos oceanos

Empresas e organizações não governamentais mundo afora mostram que já há tecnologia para limpar mares e rios

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 abr 2025, 12h38 - Publicado em 24 abr 2025, 11h30

Corrigir distorções de um sistema equivocado de produção sem comprometimento com o meio ambiente sai mais caro, do que promover políticas sustentáveis de produção e descarte. Mas esse tem sido o jeito encontrado por algumas entidades ambientais para minimizar o desleixo das autoridades. No Brasil apenas 1% do lixo é reciclado. O resultado é uma imensidão de objetos e resíduos, dos mais variados, que se acumula em lixões e nos mares do planeta. O plástico é, entre eles, um dos mais problemáticos: leva quase meio século para se desintegrar e sua produção ascendente.

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+https://veja.abril.com.br/agenda-verde/iniciativa-privada-mostra-que-da-para-limpar-praias-e-oceanos

Como não há perspectiva de mudança na forma de descarte e na quantidade que chega ao mercado, sobra para as entidades ambientais tentar, ao menos, minimizar o problema. É um trabalho de formiguinha, mas as iniciativas se multiplicam. Um bom exemplo é o projeto realizado pela EmbaLixo, uma das grandes empresas de produção de sacos plásticos sustentáveis, em parceria com o Projeto Itamar, com atuação na costa nacional na preservação das tartarugas, e o Argonauta, que se dedicam à conservação do litoral norte paulista. Com a ajuda de mergulhadores, eles retiram o lixo plástico dos oceanos para transformá-los em novos produtos, que fazem parte da linha Oceanos, da EmbaLixos.

“Ao transformar plástico retirado do mar em um novo produto, fechamos um ciclo sustentável de inclusão social”, disse Rafael Costa, CEO da empresa. “Essa iniciativa vai de encontro aos debates que estarão no centro da COP30. Queremos mostrar que é possível mudar, que a indústria tem como assumir o protagonismo na construção de soluções.” A empresa investiu 40 milhões de reais na construção de uma usina em Hortolôndia, no interior de São Paulo e incentiva financeiramente às cooperativas para ajudarem na coleta de matéria-prima usada.

Há muitas organizações que investem em novas e tecnologias para a limpeza dos oceanos. É o caso da holandesa Ocean Cleanup, que desenvolveu um sistema de barragens flutuantes, que dragam sacos plásticos. A empresa sem fins lucrativos tem como objetivo atuar em mais de 1000 rios e diminuir em 80% os polímeros que estão nas águas. Já coletou mais de 9 mil toneladas de plásticos ao redor do mundo. O que é pouco quando se considerarmos os mais de 80 milhões de toneladas despejados anualmente nos oceanos. Por outro lado, mostra que a dinâmica é possível, desde que haja mais incentivos, braços e boa vontade das autoridades.

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