Com investimentos pesados na transição para a economia de baixo carbono, a China obteve em 2022 receitas recordes obtidas com a produção, venda e distribuição de energias renováveis.
O levantamento foi feito por analistas do BloombergNEF, centro de pesquisa estratégica que acompanha os mercados globais de commodities e as tecnologias que impulsionam a transição para a economia de baixas emissões.
De acordo com a análise, as empresas chinesas obtiveram 707 bilhões de dólares (3,5 trilhões de reais) em receitas oriundas da produção, venda e distribuição de energia eólica, solar e nuclear.
Em segundo lugar, muito atrás, estão as empresas dos Estados Unidos, com 398 bilhões de dólares (1,9 trilhão de reais).
Em terceiro vem a Alemanha, com 210 bilhões de dólares (1 trilhão de reais), e em quarto a França, com 210 bilhões de dólares (995 milhões de reais).
A análise se debruçou sobre o balanço de 8.000 empresas.
Ainda segundo dados do levantamento, companhias chinesas como a LONGi Green Energy Technology vem liderando a injeção de recursos em descarbonização, fazendo da China o epicentro dos investimentos em energia do planeta.
A região da Ásia-Pacífico, que reúne além da China outros 21 países, tem quase 700 companhias que obtêm mais de metade das receitas em atividades sustentadas por energia limpa.
O estudo inclui, além das energias renováveis, a produção nuclear, os transportes eletrificados, os biocombustíveis, o hidrogénio e captura de carbono.
Entre os destaques estão a chinesa BYD e a Tesla, de Elon Musk, montadoras especializadas em veículos elétricos.
Nos Estados Unidos, 410 empresas já conseguem obter ao menos 50% de suas receitas em atividades de baixa emissão.
E na Europa, Oriente Médio e África somados são 430 companhias com ganho semelhante.